terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Aos passos de Clementino

Foto: Tatiana Lopes (Clicesportes)

A história Ronaldinho já é página virada no estádio Olímpico. Nem mesmo a relação Grêmio-Flamengo saiu arranhada. Pelo menos é o que parece após o clube carioca emprestar o meia Vinícius Pacheco (foto) ao Tricolor. Vinícius quem? É exatamente assim que chega o jogador. Mais uma eterna promessa da Gávea que desembarcou em Porto Alegre. Não é a contratação tão esperada para a nova temporada, mas uma indicação do técnico Renato Portaluppi. E isso basta, depois do que se viu em 2010.

Assim como chegou Pacheco, na surdina e sem chamar a atenção, chegaram no meio do ano passado os zagueiros Vilson e Paulão, os laterais Gabriel e Gilson, e os atacantes Júnior Viçosa e Diego Clementino. De renome, apenas Gabriel. O resto, todos apostas da diretoria. No entanto, indicados a dedo por Renato, contavam com a confiança do comandante. Isso acabou refletindo dentro de campo. Clementino chegou a cair nas graças da torcida, pois cada vez que entrava em campo deixava sua marca. E Renato, por sua vez, comprovou a evolução como treinador. Ou tudo não passou de pura sorte? Os reforços que ele trouxe para o Grêmio serviram para fechar o time e encaminhar a vaga na Libertadores. Agora, o caminho é mais árduo. É necessário agregar atletas ao grupo que já existia. Entre as indicações, o zagueiro Rodolfo, ex-Fluminense, era a prioridade. Porém, as tratativas estão difíceis. O mais fácil foi realmente trazer Vinícius Pacheco.

Não dá para sacramentar que Pacheco irá repetir os passos de Clementino e Cia. No Flamengo, ele foi capaz de tomar a titularidade de Petkovic no início de 2010. Mas, assim como subiu de patamar, caiu rapidamente. Foi sumindo entre os reservas até ser emprestado ao Figueirense. É assim que ele chega ao reduto gremista, um desacreditado. No primeiro treino, logo de cara, quatro gols. A torcida se empolga. Mas é melhor não esperar demais. Não porque Vinícius Pacheco não deve render, mas para se surpreender a cada novo drible, a cada novo gol - assim como foi no ano passado.

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