Foto: Wesley Santos (Pressdigital)
Fazer um gol logo em seu Gre-Nal de estreia é uma benção para poucos jogadores - ainda mais quando a equipe vence graças a ele. Pois é disso que pode se gabar o atacante Lins. Primeiro contratado da gestão Odone, o jogador trazido do Criciúma foi responsável pelo segundo gol (o da virada sobre o Inter) na vitória de 2 a 1 deste domingo. No entanto, mais do que Lins, um outro estreante merece destaque: o técnico interino Roger Machado (foto).
O ex-lateral, multicampeão com a camisa tricolor na década de 90, foi atirado na fogueira e se saiu muito bem. Para quem não sabe, ele é auxiliar técnico de Renato Portaluppi e, no momento em que o "titular" não quis dirigir o time em Rivera, sobrou para o "reserva". Poderia ser a estreia e já o fim de uma carreira como treinador, caso tivesse muitos insucessos. Mas Roger se preparou para esta situação - com um curso de treinadores organizado pelo próprio Inter, aliás. O Grêmio esteve melhor em campo durante boa parte do jogo, transformando o goleiro colorado Muriel em um quase herói. Entretanto, foram as substituições que mais chamaram a atenção. No intervalo, sacou o zagueiro Vilson para colocar o volante William Magrão. E, depois disso, escolheu o atacante Lins (autor do gol) para ocupar a vaga do meia Mithyuê. Parece pouco, mas a partir daí os gremistas cresceram e venceram a partida. E até mesmo na hora de assumir suas qualidades, Roger preferiu colocar na conta do mestre Renato.
E se os méritos da vitória recaem sobre Portaluppi, as da derrota bem que poderiam chover sobre Celso Roth. Não, ele não teve culpa - pelo menos não diretamente. Acontece que Enderson Moreira, treinador do Inter B, desmanchou o esquema tático que vinha vencendo e até goleou o Inter de Santa Maria na semana passada. Escolheu repetir a fórmula do insucesso no Mundial, com três volantes no meio e apenas um atacante. Foi o início da derrocada. Pior para o Colorado que quis inverter a tendência do final de semana. Não era hora de imitar velhos costumes, o dia era dos estreantes. Nada mau para o primeiro Gre-Nal disputado fora do país na história dos clássicos.
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