Renato decidiu por si só: não estará presente nos jogos do Grêmio pelo interior do Estado. O anúncio foi feito através de uma coletiva de imprensa, comunicando que ele não estará à beira do gramado nem no Gre-Nal de Rivera, pelo Gauchão. Só dirigirá a equipe nas partidas disputadas em Porto Alegre. O motivo seria o desgaste que os profissionais sofrem, devido ao calendário recheado. Ora, o Corinthians irá poupar Ronaldo de alguns jogos do Paulistão para chegar inteiro a Libertadores. No Inter, nenhum dos titulares entrará em campo antes do clube estrear no torneio continental. É regalia demais? Renato acha que, se os astros dos outros times podem, ele pode. Afinal de contas, no Grêmio, quem coloca as cartas é ele!
O porém é que Portaluppi não é mais jogador. Nos tempos em que chutava bola, quando se sentia cansado, colocavam outro atleta para ocupar sua função. Agora ele é treinador. Para a sua função o Grêmio paga apenas por ele. Portanto, deve estar à frente da equipe seja onde ela estiver (assim como manda o hino gremista). Aliás, o próprio salário rechonchudo que cai em sua conta todo final de mês foi uma reivindicação. Somente com um aumento considerável ele continuaria no estádio Olímpico. No final do ano passado, a diretoria acatou. Renato também pediu inúmeros reforços - e ainda segue pedindo. Os dirigentes trouxeram todos e ainda estão se contorcendo para trazer os outros. Renato sentiu que manda e vai testar até onde vai o seu poder. Desta vez, será que a diretoria vai dar aval?
Até aqui, todas os pedidos do comandante foram atendidos e recompensados. Quase como um sequestrador que, quando atendido pela polícia, colabora deixando o refém com vida por mais algumas horas. Mas será que ficar de fora dos jogos do Gauchão é tão essencial assim? É melhor não brincar com Renato! Mas, digamos que Paulo Odone acate o desejo de Renato e lhe dê folga cada vez que o time precisar atuar longe da capital, o que o treinador irá fazer? Vai tirar uns dias de folga nas praias do Rio de Janeiro (foto)? Seria hilário! Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode.
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