sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Não vale a pena ver de novo, Assis

A novela que envolve Ronaldinho Gaúcho parece estar perto do fim. A coletiva de imprensa organizada nesta quinta, no Rio de Janeiro, não serviu para acalmar os torcedores brasileiros. Muito pelo contrário, colocou ainda mais lenha na fogueira. De certo, é que o camisa 10 ficará no Brasil mesmo, encerrando o ciclo com o Milan. Porém, o destino ainda está indefinido. Três clubes apresentaram propostas: Grêmio, Flamengo e Palmeiras. Agora, caberá a Assis, empresário e irmão de Ronaldo, bater o martelo. E, tomara, ele não repita o erro que cometeu na própria carreira. Senão, o enredo terá um nome: vale a pena ver de novo.

Revelação promissora do estádio Olímpico, Assis surgiu para o futebol no final da década de 80. Aliás, marcou um dos dois gols que deram o título da primeira Copa do Brasil, em 1989, do Tricolor Gaúcho sobre o Sport Recife. Atuava como meia-atacante, um ponteiro clássico, e era visto como a menina dos olhos. Depois de conquistar três Gauchões com a camisa gremista, rumou para o Sion, da Suíça. Ainda rodou pelo Sporting, de Portugal, e, claro, não obteve o mesmo sucesso que o irmão teria futuramente. Entretanto, voltaria ao Brasil em 1996 para reencontrar o bom futebol. O destino poderia ter sido o berço gremista, mas Assis preferiu as praias cariocas - as mesmas praias que hoje servem de chamarisco para Ronaldinho. No Vasco e Fluminense, Assis não repetiu o bom futebol do início da carreira. Retornou à Europa, cruzando por Suíça, Portugal e ainda Japão e México. Por fim, decidiu voltar para casa e encerrar a carreira. O clube escolhido foi o Corinthians paulista, em 2000. Não precisa nem dizer que a passagem foi apagadíssima. Tanto que ninguém sentiu sua falta quando se mandou para a França, para defender o Montpellier, pendurando de vez as chuteiras.

A esperança dos gremistas é que Assis tenha aprendido a lição: nem as praias do Rio ou o glamour de São Paulo. O ex-jogador gremista tem a chance de refazer o próprio caminho, acertando o passo do irmão. O melhor lugar para Ronaldinho voltar a sorrir e jogar futebol é realmente o Grêmio. Até porque, nem Flamengo ou Palmeiras estão na Libertadores da América - ao contrário do clube gaúcho. Esta novela não vale a pena ver de novo, Assis!

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