A boca dos dirigentes colorados é um túmulo. Pouca ou nenhuma afirmação de impacto escapa aos microfones. No entanto, se sabe que, de maneira sorrateira, o Internacional vasculha o mercado em busca de um meio-campista. O nome de Alex Raphael surgiu, a direção foi atrás e ouviu a resposta de que não voltaria agora do Qatar. Porém, outro meia, também de passagem pelo Sul e de convocações à Seleção, poderia aparecer. O grande problema é mesmo sua identificação com o rival Grêmio: trata-se de Carlos Eduardo.
Embora os dirigentes jurem de pés juntos que nenhuma proposta foi feita ao Rubin Kazan-RUS ou ao empresário do atleta, pessoas próximas de Cadu comentam que houve sim uma sondagem inicial do lado vermelho. “É um grande jogador, que qualquer grupo estaria muito qualificado, mas até o momento não tem nada. Não descarto nenhum jogador e não conto com ele. Estamos analisando o mercado e cuidando das nossas contratações com zelo”, resumiu o vice-presidente Marcelo Medeiros, em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Por parte do Flamengo e Santos, também existe o interesse no jogador. Mas, não é segredo para ninguém que ele prioriza uma proposta de Porto Alegre, até para ficar mais próximo da família, que reside em Novo Hamburgo. O grande empecilho é o seu ‘gremismo’.
Apesar de Carlos Eduardo defender que hoje é profissional e jogaria naquele clube que o quisesse (alfinetando o Grêmio pela falta de interesse), o vídeo em que aparece em uma praia ‘corneteando’ os colorados pela derrota para o Mazembe em 2010, não pegou nada bem no Beira-Rio. Mas, convenhamos: aonde está escrito que Cadu dará errado se contratado pelo Inter? Em 2007, Tite tinha o nome barrado por alguns dirigentes, que viam nele um gremista convicto. Um deles, certa vez, chegou a manifestar: “Se Tite entrar por uma porta, eu saio pela outra”. O treinador não só entrou pela porta, como venceu Grenais e o título da Copa Sul-Americana no ano seguinte. Então, Carlos Eduardo não pode ser o Tite de hoje? Cabe aos dirigentes que ainda olham com desconfiança serem convencidos a não saírem pela porta dos fundos.
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