Foto: André Ávila (Correio do Povo)
A estadia do Grêmio no Equador, para o confronto contra a LDU, nos permitiu apreciar com mais propriedade o time de garotos comandado por Marcelo Mabília. Assim, tão grata foi minha surpresa quando assisti ao menino Lucas Coelho despontar como o grande destaque da vitória sobre o Esportivo por 2 a 0, em Bento Gonçalves, na largada do Gauchão. E trato como surpresa porque não recordo da última vez em que um centroavante revelado nas categorias de base do Olímpico me encheu os olhos. Aliás, recordo sim!
Era a pré-temporada de 2010, e o time de Silas fazia um teste (coincidentemente em Bento Gonçalves) contra o Flamengo de São Valentim. Eis que no segundo tempo do jogo-treino um menino chamado Bergson adentra a equipe e anota um belo gol de cabeça. Um senhor muito exaltado, em minhas costas, atrás do alambrado, berrou: “É o novo Jardel!”. Pois o menino não só desapontou aquele, como todos os outros senhores que viram seu surgimento. De promessa de craque, transformou-se em reforço do Juventude para 2013 – com todo o respeito que Ju e Bergson merecem.
Por isso, estanco as supervalorizações e as comparações. Nada de ‘o novo isso’ ou ‘novo aquilo’. Simplesmente é Lucas Coelho. Agora, que seja muito bem lapidada esta pedra bruta de 18 anos que surge no Grêmio. Sinceramente, me peguei buscando na memória o último grande centroavante revelado pelo Tricolor. E, curiosamente, me deparei com Luiz Carvalho, talvez o último e maior ‘fazedor’ de gols da história do clube, que atuou na década de 30. Aqui, não ouso comparar Lucas ao ‘El Maestro’, mas tampouco quero o ver atuando pelo interior do Estado daqui a 3 anos. Muita calma com o bom menino que surge com a nove tricolor tatuada nas costas.
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