quinta-feira, 2 de maio de 2013

Cérebro em dependência


Não há mal nenhum em admitir a dependência sobre algo. Dizem os psicólogos, para tratamento de dependentes químicos, o primeiro passo é admitir que se é um. No caso do Internacional, ninguém ousa esconder a inexistência de futebol quando D'Alessandro se faz ausente. E assim foi no 0 a 0 com o Santa Cruz, em Recife, nesta quarta-feira. O time de Dunga foi um zumbi, sem cérebro. Ou melhor, sem um jogador cerebral.

A situação, além de ser admitida, chegou a ser comparada a de outro clube dependente por um argentino camisa 10: "Hoje, a gente viu o Barcelona jogando em casa, sem seu grande camisa 10 e levando mais uma goleada do Bayern", disse o vice-presidente Marcelo Medeiros, fazendo referência à semifinal da Liga dos Campeões sem Lionel Messi. Dunga já havia feito tal comparação. É óbvio que D'Alessandro não é Messi - assim como o Inter não é o Barcelona. No entanto, nas devidas proporções, os colorados dependem do seu castelhano assim como os barcelonistas. Que mal há nisso?!

No caso do Barça, no entanto, a ausência se faz por lesão. No lado colorado, por suspensão automática. Por isso bato nesta tecla há dias: alguém precisa conscientizar D'Ale sobre suas responsabilidades. Custa menos tempo e dinheiro do que buscar um novo camisa 10 no mercado. Assim, sem pressa, quem sabe, se encontre um homem capaz de pensar o meio-campo toda a vez que o titular ficar de fora. Não precisa nem ser um Fábregas, mas alguém melhor que Vitor Júnior e mais presente que Dátolo. Contudo, pelo jeito, está difícil de encontrar.

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