Foto: Alexandre Lops (Internacional)
A informação repassada por Flávio Dal Pizzol na tarde desta terça-feira na Rádio GUAÍBA é uma bomba: Diego Forlán realizou testes médicos (o conhecido exame demissional) a fim de se desvincular do Internacional. O clube o libera de graça, enquanto o atacante abre mão de uma dívida no atraso no direito de imagem. Conforme o próprio jornalista, o vice-presidente de futebol colorado, Marcelo Medeiros, não confirma a informação de maneira oficial. Porém, quando indagado se poderia negar que o uruguaio realizaria tal exame, afirmou que igualmente não poderia negar. Assim, depreende-se que todas as últimas notícias, dando conta de uma saída iminente para Japão, Inglaterra ou até para o Botafogo não estavam fora de contexto - embora tenham sido negadas por dirigentes e pelo empresário Jorge Baidek. Portanto, está a um fio o casamento cheio de pompas iniciado no dia 7 de julho de 2012.
E hoje, olhando para trás, dá para ver que Forlán não fez jus à festa organizada pelos torcedores no Aeroporto Salgado Filho. Com 1 ano e meio de Porto Alegre, o charrua viveu muito mais pela sua fama de 'Melhor Jogador da Copa do Mundo de 2010'. Passou longe do goleador que foi em Manchester United, Villareal e Atlético de Madrid. Tampouco foi merecedor da camisa 10 da Celeste Olímpica. Nem mesmo o nervosismo dos gremistas ele mereceu. Sim, e houve torcedores do Grêmio apreensivos quando da contratação do uruguaio. Pobre Baidek, foi surrado pelas redes sociais! E pensar que esta bomba poderia ter caído no colo tricolor.
Sim, Diego Forlán foi oferecido inicialmente ao Grêmio, para depois bater no portão do Beira-Rio. Gremista de coração, Baidek, agente do atacante, procurou os então dirigentes do clube - Paulo Odone e Paulo Pelaipe. O Grêmio havia sido eliminado do Campeonato Gaúcho de 2012 em um Gre-Nal e o pedido inicial da Internazionale de Milão (clube onde estava o atacante) girava em torno de 5 milhões de euros. Atrelado ao salário altíssimo para os padrões brasileiros - R$ 800 mil -, o valor a ser pago aos italianos foi logo rechaçado por Pelaipe. Na visão do executivo, não valia a pena trazê-lo, embora se tratasse do 'Melhor Jogador...". Quem mordeu a isca foi o vice do Inter, Luciano Davi, que após meses de negociação conseguiu até liberar Forlán de graça de Milão. À época, conversei com um conselheiro gremista que me disse: "Infelizmente Forlán é deles!". Um ano e seis meses depois, o atacante sai de Porto Alegre exatamente como chegou da Itália: sem deixar saudades, de graça e com um exame demissional nas costas.
Um comentário:
Muito bom teu post, irmão! Vale muito a leitura.
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