Foto: Reinaldo Marques (terra.com.br)
Desde que estreou na Copa do Mundo 2010, o Brasil foi duramente criticado. A vitória magra contra a Coreia do Norte, segundo os críticos, mostrava a carência do "futebol arte" na Seleção. Pois os 3 a 1 diante da Costa do Marfim, neste domingo, serviu para o desafogo. Aonde estão as críticas? Uma vitória e uma apresentação plenamente satisfatória. Dois gols do camisa 9. Dois passes do camisa 10. Uma dupla de volantes combativos. Enfim, tudo perfeito. A falha da zaga no gol marfinense poderia passar desapercebido se os críticos não tivessem o vício de atacar a Seleção - para, indiretamente, atingir Dunga.
Assisti o pós-jogo no SporTV. As entrevistas coletivas transcorriam normalmente, até a hora que o técnico sentou em frente à câmera. Como de costume, ele sentou a sandália em alguns jornalistas. Ora, não podemos pedir para que ele não faça isso. Imagine você, surrado durante tanto tempo pelos críticos, seguir calado quando mostra sua verdadeira capacidade. Então, Dunga tem razão em esbravejar mesmo após as vitórias (até porque se algum dia falhar, será trucidado em praça pública). E assim, à sua maneira, à maneira gaudéria de ser, Dunga e o Brasil avançam na Copa do Mundo. Já estão classificados para as oitavas-de-final, para desespero dos "inimigos".
E a postura dos jogadores hoje demonstrou que, realmente, a equipe tem a cara de Dunga. Enquanto apresentavam o seu futebol dentro de campo, deixando as críticas constantes de lado, os brasileiros abriram uma vantagem tranquilizante diante dos "elefantes africanos". Até que começaram a ser atingidos. Elano tombou com marcas de travas na canela e deixou o gramado. Mas eles têm o sangue quente de Dunga e ferveram. Irritaram-se com a conivência do árbitro francês, que assistia à pancadaria sem nada fazer. Até mesmo Kaká, um religioso inverterado, cansou de apanhar para deixar o cotovelo na boca de um estômago marfinense. O Brasil de Dunga, o Brasil dos gaúchos, não apanha quieto. Comprova dentro das quatro linhas que cara feia é fome. Apavora os críticos - não os jornalistas! Não generalizemos. Apenas os críticos merecem os coices de Dunga. E eles são muitos!
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