Foto: Flavio Florido (UOL.com.br)
O Brasil precisava de um simples empate para garantir a liderança do grupo G. E assim o fez. O magro 0 a 0 diante de Portugal, por mais insignificante que pareça, serviu para credenciar a Seleção como favorita às oitavas da Copa do Mundo. E, mais uma vez, isso demonstra a seriedade com que o time vem encarando a competição. Como Dunga sempre exalta nas entrevistas, o grupo de jogadores não foi à África do Sul para passear. Com sete pontos, o Brasil passa adiante em um torneio onde França e Itália (atual vice e campeão mundial) já foram eliminados, e Alemanha e Inglaterra suaram a camisa para classificar. E esta seriedade toda se apresenta com um nome: Lúcio.
O zagueiro e capitão brasileiro vive um ano exuberante. Depois de vencer a Copa e o Campeonato Italiano, além da Liga dos Campeões pela Inter de Milão, Lúcio mostra em atitudes que está sedento por mais este título. Não por menos foi agraciado com a braçadeira. Até porque, ele consegue transparecer exatamente o sentimento do treinador. É realmente o porta-voz de Dunga em campo. Hoje foi o grande nome da Seleção. Deu carrinho, saiu para o jogo, desarmou e armou. No final da partida, ainda quase marcou um gol de cabeça. Excelente apresentação, que certamente deve encher de orgulho os colorados!
Na verdade, Lúcio devia chamar Felipe Melo para uma conversa de canto, na concentração. O volante, por vezes, confunde virilidade com violência. Contra Portugal, esteve muito próximo de perder a cabeça, sempre deixando o pé por cima nas jogadas. Chegou a ser chamado por Gilberto Silva em um certo momento. Por isso, devia seguir o exemplo do grande capitão que corre ao seu lado. Para a Fifa, por exemplo, o craque da partida foi Cristiano Ronaldo, de Portugal. Eu não concordo. Lúcio foi um gigante, e como fez com Drogba na partida anterior, ofuscou a presença do artilheiro adversário. A foto neste texto representa muito bem isso. Dunga escolheu muito bem seu escudeiro.
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