Foto: Antonio Scorza (AFP/uol.com.br)
Quando se fala no azar gremista com relação à camisa 6, se pensa naturalmente nos jogadores que pisam no estádio Olímpico atualmente. Lúcio, Fábio Santos, Neuton e Uendel, todos lesionados, não podem entrar em campo, obrigando Silas a improvisar. Mas a zica vai um pouco além. Assistindo ao jogo da Seleção hoje, contra o Zimbábue, não pude deixar de comentar o primeiro gol: um canhotaço de Michel Bastos em cobrança de falta. Lembrei do apelido do camisa 6 da Copa do Mundo - "Canhão da Azenha". Assim ele foi chamado em 2004, quando passou pelo Grêmio.
Para quem não sabe, Michel é pelotense. Contudo, pouco atuou no futebol gaúcho. Surgiu no Pelotas e logo rumou para o Feyernoord, da Holanda. Voltou para o Brasil vestindo a camisa do Atlético-PR e, finalmente, seria emprestado ao Grêmio. Em Porto Alegre, encantou a torcida nos primeiros jogos, ainda mais depois de revelar que era tricolor de coração. Mas a imaturidade se fez presente aos poucos, culminando inclusive com a sua liberação pelo clube. Em setembro, o lateral foi pego com bebida alcoolica na concentração do Olímpico, sendo devolvido aos paranaenses. É bem verdade que naqueles tempos, tudo dava errado. Grande exemplo disso é que Felipe Melo (outro titular da Seleção de Dunga) também atuou no mesmo período com a camisa gremista e não deu frutos. Aliás, 2004 foi o ano do descenso para a Série B.
Mas o que mais espanta é que Michel Bastos, que hoje marcou seu primeiro gol pela Seleção Brasileira, passou ileso pelo Rio Grande do Sul. Ou seja, nem Inter ou Grêmio conseguiram segurar o atleta. E isso não é exclusividade somente dele. O outro lateral brasileiro, Maicon, é natural de Novo Hamburgo, e assim como o colega jamais se destacou em território sul-riograndense. Pelo visto a urucubaca dos laterais vai muito além. É histórica! Azar do Grêmio e sorte de Dunga.
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