Foto: Daniel Marenco (Arquivo ZH)
Que me desculpe Carlos Simon, que hoje deu o pontapé inicial em sua quarta e última Copa do Mundo ao apitar o empate entre Inglaterra e Estados Unidos. Meus pensamentos de hoje não vão de encontro à África do Sul. Ficam por Porto Alegre mesmo. E tudo isso por conta do anúncio da direção do Inter: o novo treinador é Celso Roth. Exatamente! Você não leu errado. A torcida vermelha sonhou com Luiz Felipe Scolari. No entanto, o treinador negou acordo com o Internacional justamente pela identificação com o rival Grêmio. Pois agora, Fernando Carvalho anuncia o pupilo de Felipão. A legítima cópia paraguaia - ou cavalo paraguaio.
O que não dá para entender é a escolha por Celso Roth. Ele, que comandou o Grêmio no ano passado, virou motivo de chacotas por parte dos colorados quando perdia Grenais e apelava nas entrevistas coletivas. Em uma das oportunidades chegou a parabenizar o Inter por seguir no Gauchão, enquanto ele, no comando azul, disputava uma Libertadores da América. Enfim, ganhou a inimizade de vermelhos e o desprezo de azuis. Portanto, se Adílson Batista não poderia ser contratado por não ser uma unanimidade no Beira-Rio, o mesmo não se faz com Roth.
Pode ser que Carvalho apele para o outro lado. Talvez, tenha contratado Celso para dar-lhe a oportunidade que foi tirada em 2009. Após perder para o Inter pela terceira vez consecutiva no ano e acabar eliminado precocemente do Campeonato Gaúcho, o técnico foi demitido do Grêmio. A pressão da torcida o derrubou e tirou-lhe a possibilidade do título continental. Então, pode ser que, por pena, Carvalho esteja pagando uma dívida. Sendo assim, Roth pode dar o bi sul-americano ao Colorado e, de quebra, conquistar seu primeiro caneco de expressão. Mas, convenhamos, para um treinador que até hoje não ganhou nada além de uma Copa Sul e Campeonatos Estaduais, fica muito difícil imaginar um final feliz nesta história.
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