Poderíamos dizer que os gols de bola parada foram tendência na rodada da dupla Gre-Nal. Porém, o termo está errado. A bola nunca está parada! E os goleiros Renan e Rogério Ceni que o digam. Ambos sofreram em uma noite nem tão iluminada para eles, mas estupenda para Grêmio e Palmeiras, que venceram por 4 a 2 e 2 a 0 respectivamente.
No Olímpico, os gremistas estavam dispostos a retomar o caminho das vitórias dentro de casa. Por isso, André Lima fez logo dois gols de cara - um após cobrança de escanteio e outro desviando cruzamento de falta. No entanto, a bola voltaria a parar - e desta vez no cal da área gaúcha. Marlos foi derrubado na área e Ceni converteu o pênalti. Depois, o próprio Marlos resolveu empatar o placar. Mas ele estava por fora das regras: a lei era marcar apenas com a bola parada. Foi aí que Jonas, artilheiro do Brasileirão, apareceu para estufar as redes através de penalidade. Fechando a conta, o goleiro são-paulino decidiu presentear os gaúchos novamente. Em lance muito semelhante ao de Oliver Kahn na Copa de 2002, Rogério "bateu roupa" em chute de Lúcio. Sorte do estreante Diego Clementino, que estava no lugar certo e na hora certa para conferir o quarto tento gremista.
A bola parecia estar queimando nas mãos dos goleiros. Renan, do Inter, sofreu do mesmo mal. Aliás, os colorados estão questionando - e muito! - a continuidade do arqueiro. Depois de algumas rodadas perfeitas, o camisa 1 voltou a falhar. No primeiro gol, ele pediu apenas um homem na barreira. Subestimou o exímio cobrador de faltas Marcos Assunção, que de longe acertou o canto da goleira vermelha. No segundo, o mesmo Assunção fez a bola quicar antes de chegar a Renan, deixando o goleiro ajoelhado enquanto o Palmeiras comemorava a confirmação da vitória. E desta maneira, pelo terceiro jogo consecutivo, o Inter viu uma cobrança de falta decidir o placar. Foi assim contra o Atlético-PR de Paulo Baier, e contra o Corinthians, quando a sorte foi de Andrezinho. Definitivamente, fatos como este comprovam que a bola nunca está parada!