Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)
O termo "persona non grata" vem do latim e desde os primórdios qualifica (ou desqualifica) a pessoa em questão como sendo não bem-vinda no local onde ela se encontra. Atualmente, apesar de cair em desuso pelas nações a classificação de um visitante como não grato, algumas autoridades insistem em relembrar o termo. De modo geral, ele surge quando um fato incomoda alguém. Pois um cidadão pode receber tal título no estádio Olímpico.
Silas tem uma curta carreira como treinador. Iniciou em 2007, no Fortaleza, sendo efetivado no cargo após a demissão de Zetti, de quem era auxiliar técnico. Porém, já teve a oportunidade de experimentar o Céu e o Inferno na profissão. No Avaí, foi considerado ídolo ao devolver o clube catarinense à elite do futebol brasileiro. Com este status, chegou ao Grêmio, em dezembro do ano passado. Contudo, sua passagem por Porto Alegre não foi revestida de flores. Definitivamente não caiu nas graças da torcida, apesar da conquista do Gauchão e da boa campanha na Copa do Brasil. Até que no dia 8 de agosto, após perder para o Fluminense dentro de casa, o comandante perdeu o chapéu. Curiosamente, ele retorna nesta noite ao Olímpico. E, antes mesmo da bola rolar, o presidente Duda Kroeff pediu ao torcedor gremista para que Silas não seja vaiado. É pedir demais?
Seria como pedir para a torcida atleticana não vaie o time Colorado quando ele entrar em campo nesta noite. Aliás, a rivalidade do Atlético-PR, no Rio Grande do Sul, é até maior com o Grêmio. Porém, a visita do Internacional à Curitiba não é vista com bons olhos. Na história dos Campeonatos Brasileiros, os vermelhos visitaram a Arena da Baixada 10 vezes, tendo conquistado 5 vitórias, contra 4 derrotas. Portanto, é mais adequado dizer que o Inter é a "persona non grata" desta quarta-feira. Mas, dentro das quatro linhas, todos são adversários. Não interessa se jogador, treinador ou membro da comissão técnica. Então, se for vaiado, Silas não deve reclamar.
Um comentário:
Deu raiva ontem!
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