terça-feira, 21 de setembro de 2010
Transportando o amor
Foto: Tatiana Lopes (Clicesportes)
Há 40 anos, o estádio dos Eucaliptos recebia seu último jogo profissional do Inter. Com o término da construção do Beira-Rio, depois de longo período de ridicularização e questionamentos, o velho campo estava fora de contexto. Até os dias de hoje, os Eucaliptos deixam suas viúvas. Os antigos jogadores olham as fotos e as lembranças vem à tona. E assim será com os atuais atletas do Grêmio. O estádio Olímpico está com os dias contados.
Não podia ter dia melhor: 20 de setembro. Na data em que o gaúcho sai para a rua mostrar seu orgulho, o Grêmio decidiu fazer o lançamento da pedra fundamental da Arena. Vários torcedores foram ao bairro Humaitá comemorar o início oficial das obras - contrariando outra parte da torcida que lamenta profundamente a perda do velho estádio. Para estes, a lembrança das conquistas está totalmente ligada ao antigo palco. Lembram dos títulos gaúchos, do gol de Aílton contra a Portuguesa, das cabeçadas fulminantes de Jardel na Libertadores, de Nildo "Bigode" matando o Ceará, dos Grenais com gols de Renato, da volta olímpica de Hugo de León em 1983.
Pois o símbolo desta nova Era na vida tricolor aconteceu justamente no lançamento da Arena. Foi exatamente o capitão da conquista mundial quem plantou a primeira muda de grama da casa (foto). E, como não poderia deixar de ser, a grama havia sido retirada do estádio Olímpico. Lá, onde todos os heróis pisaram. Agora, não há motivos para reclamações. E é isso que o verdadeiro gremista deve fazer: transportar o amor que sentia pela Azenha para o bairro Humaitá. Aos construtores e autoridades do clube, cabe trabalhar para que a construção seja concluída o quanto antes.
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