Foto: Lucas Uebel (Terra)
Tem um ditado popular que descreve o diabo fugindo da cruz. Não há provérbio melhor para descrever o pavor de alguém em tomar distância de alguma coisa. É assim que a dupla Gre-Nal age nesta abertura de returno do Brasileirão. Querem mais é distância de tudo! O Grêmio, do rebaixamento; o Inter, da liderança. Quanto mais o tempo passa, mais eles fogem. Ambos entraram em campo ao mesmo tempo e tomaram posições opostas em seus jogos. Não me espantaria se no final do campeonato eles se encontrassem na tabela de classificação.
No Olímpico, tudo parecia indicar o caos. O trânsito truculento, a baixa procura por ingressos e o uniforme negro do Grêmio pareciam descrever mais um capítulo de terror. Mas tudo não passou de má impressão. Com sete minutos, Douglas já estufava as redes do Atlético-GO, de falta. É bem verdade que o futebol apresentado não foi dos melhores. Algumas chances desperdiçadas pelo Tricolor e outros sustos na torcida. Até que Borges surgiria aos 40 do segundo tempo, em disparada, para decretar a morte do adversário. De empates fora de casa e vitórias dentro, os comandados de Renato já figuram no rodapé da Sul-Americana (abrindo seis pontos do rebaixamento).
E da mesma maneira, o Colorado decidiu tirar distância da liderança. Nesta quarta, em um duelo direto contra o Cruzeiro, o Inter foi derrotado por 1 a 0. Certamente, foi a pior apresentação desde a chegada de Celso Roth. Um time muito diferente daquele armado no decorrer da Libertadores, é verdade. Mas foi uma noite em que as coisas não deram muito certo. Mais um cartão para Matias, Renan voltando a errar muito e Sóbis deixando o gramado com dúvida de lesão. Assim, o Internacional estaciona na tabela, assistindo o Fluminense disparar rumo ao título - seguido de perto pelo Corinthians. Acho que os colorados vão ter de se contentar "apenas" com o título da América e, quem sabe, do Mundo. Alguém ousa reclamar?
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