Tendo como referência o sucesso que D'Alessandro e Guiñazu encontraram no Beira-Rio, Fernando Cavenaghi resolveu aceitar a proposta do Internacional. Foi apresentado nesta segunda-feira como a grande aposta de gols do clube colorado para a Libertadores da América. Aliás, espera seguir os passos dos conterrâneos que trajam a camisa vermelha para voltar à Seleção do seu país e, quem sabe, conquistar o título continental. A escolha do jogador não é das piores, já que argentinos costumam dar certo por estas bandas. São meio-campsitas, volantes e zagueiros que já caíram no gosto, seja da torcida colorada como gremista. Mas e os centroavantes? Algum camisa 9 castelhano fez sucesso por aqui? O último foi Máxi López, no Grêmio, e que deixou o clube de uma maneira conturbada ainda por cima. Então, o histórico recente diz que não. Porém, poucos reconhecem em um "hermano" a figura de um dos atletas mais importantes da história vermelha.
José Villalba (à esquerda na foto), nascido em San Tomé - fronteira com São Borja -, foi trazido em 1941 para realizar testes no Internacional. Não só passou nos exames como ingressou no histórico Rolo Compressor, onde permaneceria até 1944 formando o ataque com Tesourinha e Carlitos. Rodou ainda por Palmeiras e Atlético-MG, voltando a Porto Alegre em 1946. Dois anos depois, em 1948, foi autor de quatro gols em uma vitória de 7 a 0 sobre o arquirrival Grêmio. É Villalba o segundo maior artilheiro na história do clássico gaúcho (com 20 gols, atrás apenas do companheiro de equipe Carlitos). Foi o primeiro argentino a jogar como atacante no Internacional e jamais superado - os outros conterrâneos, Montaño (na década de 50) e Claudio Garcia (em 1995), atuaram apenas uma vez cada.
Portanto, a tarefa de Cavenaghi não é tão fácil como se pensa. Nem memso superar os 50 gols do contestado Alecsandro pode ser considerado como tarefa de Hércules. O torcedor exige mais do que um simples balançar de redes. Quer belas apresentações, estrela contra os rivais e títulos, muitos títulos. Só assim o argentino do presente conseguirá repetir o feito do conterrâneo do passado.
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