Turnê silenciosa

Antes mesmo de Rui Costa praticamente confirmar a contratação de Eduardo Vargas pelo Grêmio em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), sempre fui um admirador deste profissional. Primeiro porque conhece futebol sul-americano como poucos, e segundo porque age em silêncio. E a viagem que o diretor executivo tricolor fez à Europa nesta semana evidencia tudo isso que defendia e ainda defendo nele: “sem pirotecnia”, como ele próprio classifica.

Quando Rui deixou Porto Alegre tinha como principal objetivo sacramentar a contratação do tal atacante de velocidade, artilheiro da Copa Sul-Americana de 2011, e que deixou a Universidad de Chile rumo ao Napoli-ITA. Nem por isso, deixou de andar por Lisboa antes de pisar em Nápoles. A busca era pelo lateral-esquerdo Emiliano Insúa, argentino que atua no Sporting-POR. “Estive em Portugal, ficamos dois dias lá sem que ninguém soubesse. O clube tornou público, então não vou esconder. Mas não conseguimos a contratação”, disse. Sim, o Grêmio fez uma oferta por empréstimo, mas os portugueses só aceitam a venda.

Pois depois de Lisboa e Nápoles, Rui deve tomar novo rumo: Roma. Nesta cidade, o dirigente tentará fechar a contratação do meia Marquinho, ex-Flu: “Estamos aqui (Itália) para fechar a questão do Vargas. Mas o Marquinho desperta interesse, é situação que viemos trabalhando”, confessou. E, muito possivelmente, o Grêmio fechará também este negócio. Até porque, como disse Rui, o “Napoli escolheu o Grêmio pelo tamanho e projeto do clube e não necessariamente a melhor proposta financeira”. E, convenhamos, projeto o diretor tem. E depois de Roma, para onde vai Rui Costa?