Foto: Alexandre Lops (Internacional)
Nem bem encerrou o jogo contra o time sub-20 da Ponte Preta, o torcedor colorado explodiu em vaias. Poderia ter aplaudido de pé, aliviado por ter permanecido na Série A. Mas não está à altura do Internacional. O torcedor tem razão. Enfim, 2013 terminou para o clube - de maneira melancólica, é verdade. Mas e aí, por que não se fala em 2014? Não, o presidente não quer falar na próxima temporada: "Não temos nada definitivo neste momento para falar. A gente vem trabalhando e em pouquíssimo tempo teremos questões positivas. Estamos trabalhando e daremos nos próximos dias uma série da dados para a torcida ter conhecimento", declarou Giovanni Luigi.
Antes da bola rolar, na concentração do Inter em Bento Gonçalves, tive a oportunidade de conversar por um bom tempo com o diretor Luis César Souto de Moura. Aliás, ele não deve ficar para a próxima temporada. Revelou que só volta ao clube se lhe entregarem a "chave do vestiário", onde ele consiga "errar e acertar pelas próprias convicções". De fora, Souto de Moura se colocará em uma quarentena. Após este período, promete voltar se manifestando através de um blog intitulado "Primeira Página". Nele irá relatar os pormenores que fizeram da temporada uma jornada acidentada. Eu, sinceramente, vou saudar esta atitude. Alguém tem de explicar o que aconteceu.
A direção do Inter em 2013 foi a 'direção da curva'. Muitas vezes eu me sentia driblado pelos dirigentes, feito de bobo. Entrevistava um e ouvia determinada informação. Horas depois ia bater a notícia com outro e ela não procedia. Quer saber um caso? Adriano Imperador. Eu vi o plano de marketing do Inter, onde o atacante vestiria a camisa 99. Vi também o pré-contrato assinado pelo presidente do Inter, que saiu de Porto Alegre rumo ao Rio de Janeiro. Sabia de fonte fidedigna que o preparador físico Paulo Paixão assegurava a total recuperação do Adriano. Pois durante todo aquele período, ouvi vários 'não' e tantos outros 'sim' de diferentes cabeças pensantes do clube. A que conclusão eu chego? Talvez eles não quisessem iludir a mim, ou ao torcedor que recebia a notícia. Talvez eles não soubessem realmente para que lado correr. Eram tantas opiniões, tantas convicções, que a 'notícia verdadeira' não existiu jamais. Por isso, não culpo Luigi. É difícil falar de 2014 sendo que este 2014 pode mudar daqui a algumas horas.
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