Foto: Fabiano do Amaral (Correio do Povo)
Finalmente apresentado pelo Inter, Abel Braga surpreendeu-me em certo momento de sua entrevista coletiva. Questionado sobre qual jogador tratava como indispensável, o treinador silenciou num instante inicial. Pensou. Sorriu. E disse: "Willians". Poxa, Willians é indispensável?! Não citou o óbvio D'Alessandro. Nem mesmo aproveitou o momento para chorar a saída de Leandro Damião. Nem mesmo partiu para a amizade com Índio ou Rafael Moura. Citou justamente o volante que mais irritou os colorados e o interino Clemer na reta final do ano. Por que fez isso?
Abel não é bobo. Primeiro, conhece futebol. Sabe que Willians é sim o melhor desarmador que dispõe no elenco. Se erra passes, Edinho também errava antes de 2006. E alguém lembra quem deu a assistência para o primeiro gol de Rafael Sobis no Morumbi, contra o São Paulo, na final da Libertadores? Em segundo lugar, Abelão é esperto. Trata de mostrar ao torcedor que está abraçado com o jogador, independente de uma pesada discussão com o técnico anterior. "Só se ganha com ambiente bom, com vestiário ruim não se chega a lugar algum. Mas também não quero vestiário de freira. Não quero mocinha!", declarou o novo comandante colorado, que logo em seguida completou: "Quando cheguei no Fluminense em 2011, encontrei três grupos no vestiário. Foi após aquele episódio da saída do Emerson Sheik. Um ano depois tínhamos um grupo só, muito unido."
Não faço ideia de qual o time de Abel para 2014. Não sei se é D'Alessandro e mais 10, como fez Dunga. Também não tenho a convicção de que Rafael Moura tem presença confirmada entre os titulares. Mas, deu para perceber que Willians está entre os onze iniciais. O resto vem com as indicações (Edinho e Cavalieri), dispensas (Gabriel e Kleber), retornos (Lucas Lima e Eduardo Sasha) e contratações (Paulão).
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