Foto: Arquivo S.C.Inter
Houve tempo em que a camisa 10 era quase sagrada no futebol brasileiro. Era o número que classificava o craque do time! Dizem, tudo isso começou com o Rei Pelé, embaixador do Santos na década de 60. Aliás, a prova de que Pelé foi o maior de todos está na Copa de 70, no México, quando o técnico Zagallo convocou quatro "camisas 10": Gérson, do São Paulo; Rivelino, do Corinthins; Jairzinho, do Botafogo; e, finalmente, Pelé, do Santos. Os outros tiveram de contentar-se em vestir os números restantes, pois o maestro era o último deles. Porém, a utilização dela pelo melhor parece ter entrado em desuso. Em tempos onde se prioriza pelo futebol mais defensivo, os astros passaram a vestir números menores. Na dupla Gre-Nal, a sentença quase sempre foi deixada de lado. O maior ídolo da história do Grêmio, por exemplo, Renato Portaluppi, conquistou o Mundo com a camisa 7. Já Fernandão ergueu a taça mais importante do Inter com a 9. E no presente, como estão os camisas 10 da dupla?
Nesta quarta-feira, Celso Roth não vai poder contar com seu camisa 10: D'Alessandro. Ele que vem jogando um futebol realmente maestral, foi convocado para a Seleção Argetina e desfalca o Internacional por três partidas. Contra o Vitória, a função do gringo será exercida por Giuliano. Muito provavelmente o guri vestirá o número mágico do futebol. Pode ser que ele retome as boas apresentações que o tornaram o artilheiro do time na Libertadores e não desqualifique a camisa de D'Alessandro.
Enquanto isso, a torcida do Grêmio bem que gostaria de colocar no banco de reservas o seu camisa 10. Douglas, trazido com muita festa no início do ano, não caiu nas graças do torcedor. Foram duas ou três partidas dignas de um craque, porém, há muito tempo o estádio Olímpico sente a falta de um "dono do time". Antes de Douglas, Tcheco representava a raça gremista sob a sombra da camisa 10. Agora, o mais festejado veste a número 1. Bem que Souza poderia assumir a responsabilidade. Mas nem a braçadeira de capitão não está sendo correspondida. Pode ser que contra o Guarani a camisa 10 volte a brilhar, devolvendo o Grêmio ao caminho das vitórias. Os mestres da camisa 10 agradecem.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Era uma vez um Paulão
Foto extraída de www.copadobrasil1994.blogspot.com
Paulo Marcos de Jesus Ribeiro. Este é o nome completo do novo jogador contratado e apresentado pelo Grêmio. Mas pode chamá-lo simplesmente de Paulão. É assim que este zagueiro, de 24 anos, era conhecido no ASA, de Arapiraca, no Independente, do Rio de Janeiro, e no Prudente, daonde foi trazido. À primeira vista, Paulão não empolga o torcedor. Aliás, Paulão, no esporte, somente o ex-jogador de voleibol, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.
Porém, são poucos os que lembram da passagem de um Paulão pelo estádio Olímpico. Na campanha do bicampeonato da Copa do Brasil, em 1994, a defesa era formada por: Ayupe, Paulão, Agnaldo e Roger. E o zagueirão, que vestia a camisa de número 3, foi responsável, entre outras tarefas, de parar o jovem Rivaldo, que então jogava no Corinthians (foto). A única diferença que separa este defensor da recente contratação Tricolor é o currículo. Antes de vestir a camisa do Grêmio, o Paulão da década de 90 surgiu no Cruzeiro e serviu a Seleção Brasileira na disputa da Copa América de 1993, sendo reserva de Antônio Carlos. Já este, guarda passagem pelo desconhecido Independente, do Rio de Janeiro.
Então, é isso que motiva torcedores rivais a fazer chacotas. Hoje, quando comentei sobre a coincidência deste novo atleta do Grêmio com um colorado, ele simplesmente me disse o seguinte: "então, se der certo, quando tu conheceres um atacante chamado Valdomiro, me avisa que o Inter vai contratar". E, temos de convir, contratando Vilson, Gilson, Jefferson e Paulão, a diretoria do Grêmio não vai conseguir lotar o estádio nunca. E a briga contra o rebaixamento fica cada vez mais evidente.
Paulo Marcos de Jesus Ribeiro. Este é o nome completo do novo jogador contratado e apresentado pelo Grêmio. Mas pode chamá-lo simplesmente de Paulão. É assim que este zagueiro, de 24 anos, era conhecido no ASA, de Arapiraca, no Independente, do Rio de Janeiro, e no Prudente, daonde foi trazido. À primeira vista, Paulão não empolga o torcedor. Aliás, Paulão, no esporte, somente o ex-jogador de voleibol, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Barcelona, em 1992.
Porém, são poucos os que lembram da passagem de um Paulão pelo estádio Olímpico. Na campanha do bicampeonato da Copa do Brasil, em 1994, a defesa era formada por: Ayupe, Paulão, Agnaldo e Roger. E o zagueirão, que vestia a camisa de número 3, foi responsável, entre outras tarefas, de parar o jovem Rivaldo, que então jogava no Corinthians (foto). A única diferença que separa este defensor da recente contratação Tricolor é o currículo. Antes de vestir a camisa do Grêmio, o Paulão da década de 90 surgiu no Cruzeiro e serviu a Seleção Brasileira na disputa da Copa América de 1993, sendo reserva de Antônio Carlos. Já este, guarda passagem pelo desconhecido Independente, do Rio de Janeiro.
Então, é isso que motiva torcedores rivais a fazer chacotas. Hoje, quando comentei sobre a coincidência deste novo atleta do Grêmio com um colorado, ele simplesmente me disse o seguinte: "então, se der certo, quando tu conheceres um atacante chamado Valdomiro, me avisa que o Inter vai contratar". E, temos de convir, contratando Vilson, Gilson, Jefferson e Paulão, a diretoria do Grêmio não vai conseguir lotar o estádio nunca. E a briga contra o rebaixamento fica cada vez mais evidente.
Movendo montanhas
A dupla Gre-Nal assumiu dois compromissos dificílimos de se cumprir. Mesmo assim, parecem ter entrado nos trilhos neste final de semana. O grande problema é saber se os outros vão deixar que eles completem a missão. O Inter, ao bater o Botafogo no sábado, conseguiu manter-se na briga pelo título nacional. O Grêmio, empatando com o Atlético-PR no domingo, seguiu sonhando com a saída da zona do rebaixamento. E assim, a cada rodada, os dois vão permanecem correndo atrás da máquina.
Pelo que jogou, o Tricolor merecia ter ganho. Os paranaenses tiveram poucas chances de gol, no entanto fizeram um. E esta é a grande diferença: aproveitar as oportunidades que surgirem. Talvez por isso os gremistas estejam amargurando o rodapé da tabela de classificação. Aos poucos, Renato vai arrumando a casa, descobrindo quem pode jogar aonde. Medalhões, como Jonas e Douglas, parecem estar se "desescalando" jogo após jogo. E, vale lembrar, o próximo compromisso é vital: contra o Guarani, dentro de casa. Neste jogo, a meta é vencer ou vencer. Afinal de contas, não se pode aceitar que o Grêmio esteja atrás do xará de Prudente.
Já os colorados estão gulosos em 2010. Logo após a conquista da Libertadores, o Brasileirão é a nova meta da diretoria - e os jogadores compraram a briga. Basta ver o quanto o Inter jogou diante do Botafogo para sentir o quanto os vermelhos querem mais este título. D'Alessandro vem sendo tão maestral que desfalcará o time nas próximas rodadas para servir à Seleção Argentina. Mesmo assim, no banco de reservas Celso Roth terá Giuliano, Andrezinho e Marquinhos, todos com possibilidades de substituir o gringo à mesma altura. Agora, a diferença que separa o Colorado do topo da tabela são 10 pontos. Pois enquanto o Inter conquistava a América, Fluminense e Corinthians já levavam o Campeonato Nacional a sério. Pode ser tarde demais, mas vale à pena tentar.
Enfim, a dupla terá que mover montanhas para cumprir os compromissos. Não chegam a ser nenhum dos 12 trabalhos de Hércules, mas os atletas vão ter que suar a camisa. E é isso que o torcedor mais deseja.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Uma nova batalha se inicia
Já foi amplamente divulgado que a situação do Grêmio não é nada favorável. Sequência de lesões, derrotas nos ultimos segundos e a permanência no rodapé da tabela já levam alguns torcedores a atirar a toalha. Se formos considerar o retrospecto dos últimos campeonatos, também há motivo para se preocupar. A média do Tricolor neste ano está abaixo dos clubes rebaixados nos últimos quatro anos - desde que o Brasileirão passou a contar com 20 equipes na Série A.
Em 2006, o primeiro dentro do Z-4 foi a Ponte Preta, que encerrou a participação com 39 pontos, 10 vitórias e um aproveitamento de 34,2% - o mais baixo entre todos. No ano seguinte, foi a vez do Corinthians, com 44 pontos, 10 vitórias e 38,6% de aproveitamento amargurar a Segundona. E em 2009, o Coritiba foi rebaixado com 45 pontos, 12 vitórias e 39,5% de aproveitamento. Atualmente, o Grêmio possui aproveitamento de 31%; ou seja, inferior aos demais relacionados. Até agora, em 16 partidas disputadas, foram apenas três vitórias e 15 pontos conquistados. Há quem diga que, das 22 rodadas restantes, o time treinado por Renato Portaluppi terá que vencer a metade para escapar da zona da degola. Não sei se é para tanto, mas a situação não é nada agradável. Somente para igualara a campanha de 2004, quando o Grêmio foi rebaixado em último lugar, seria necessário vencer mais seis jogos. Bastaria para que o clube fosse enviado aos confins da Série B.
Por isso, a reação tem que iniciar já neste final de semana, quando o Imortal enfrentará o Atlético-PR. O retrospecto na Arena da Baixada não é nada favorável - nove jogos, três derrotas, cinco empates e apenas uma vitória. Mas quem somos nós para falar em situação adversa para o Grêmio? E o maior exemplo disso estará dentro de campo, neste domingo. O árbitro será Djalma Beltrami - o mesmo que apitou a Batalha dos Aflitos em 2005 (foto). Portanto, ao adentrar o estádio em Curitiba, o gremista terá que olhar bem para o juíz da partida e lembrar que a Série B é um sofrimento sem fim. A virada tem que iniciar agora! Do contrário, aconselho ao torcedor se agarrar em uma calculadora e um terço, porque a coisa vai ficar bem feia.
Em 2006, o primeiro dentro do Z-4 foi a Ponte Preta, que encerrou a participação com 39 pontos, 10 vitórias e um aproveitamento de 34,2% - o mais baixo entre todos. No ano seguinte, foi a vez do Corinthians, com 44 pontos, 10 vitórias e 38,6% de aproveitamento amargurar a Segundona. E em 2009, o Coritiba foi rebaixado com 45 pontos, 12 vitórias e 39,5% de aproveitamento. Atualmente, o Grêmio possui aproveitamento de 31%; ou seja, inferior aos demais relacionados. Até agora, em 16 partidas disputadas, foram apenas três vitórias e 15 pontos conquistados. Há quem diga que, das 22 rodadas restantes, o time treinado por Renato Portaluppi terá que vencer a metade para escapar da zona da degola. Não sei se é para tanto, mas a situação não é nada agradável. Somente para igualara a campanha de 2004, quando o Grêmio foi rebaixado em último lugar, seria necessário vencer mais seis jogos. Bastaria para que o clube fosse enviado aos confins da Série B.
Por isso, a reação tem que iniciar já neste final de semana, quando o Imortal enfrentará o Atlético-PR. O retrospecto na Arena da Baixada não é nada favorável - nove jogos, três derrotas, cinco empates e apenas uma vitória. Mas quem somos nós para falar em situação adversa para o Grêmio? E o maior exemplo disso estará dentro de campo, neste domingo. O árbitro será Djalma Beltrami - o mesmo que apitou a Batalha dos Aflitos em 2005 (foto). Portanto, ao adentrar o estádio em Curitiba, o gremista terá que olhar bem para o juíz da partida e lembrar que a Série B é um sofrimento sem fim. A virada tem que iniciar agora! Do contrário, aconselho ao torcedor se agarrar em uma calculadora e um terço, porque a coisa vai ficar bem feia.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Os campeões voltaram
Santos, campeão da Copa do Brasil, e Inter, campeão da Libertadores da América, se reabilitaram na disputa do Brasileirão - para azar dos gremistas. Ambos não necessitam se posicionar no G-4, já que foram os primeiros clubes do país a confirmar presença na Libertadores de 2011. Mesmo assim, sonham com a conquista do Campeonato Nacional e venceram seus adversários nesta quarta-feira: o Inter bateu o Avaí por 1 a 0 e o Santos venceu o Grêmio por 2 a 1 - os dois, fora de casa.
Com relação ao Colorado, não haveria lugar melhor para curar a ressaca do título continental. Na Ressacada, em Florianópolis, a equipe de Celso Roth levou alguns sustos, mas garantiu três pontos na tabela graças a uma cabeçada fulminante do zagueiro Índio, que ultrapassou Figueroa (ídolo dos anos 70) em número de gols. A partida também marcou a despedida do atacante Taison, que foi negociado com o Metalist, da Ucrânia. Definitivamente, o Inter parece ter dado o pontapé para uma nova fase, quem sabe, ainda de vitórias.
Já o Grêmio, bem quem poderia entrar na onda dos vermelhos. Até parecia que venceria a partida desta quarta, quando Borges abriu o placar. Porém, o time não aproveitou as chances que teve no primeiro tempo e sofreu o castigo no segundo. Mais uma vez, Victor conseguiu defender uma penalidade, mas foi pouco para as deficiências do plantel comandado por Renato. Outro pênalti, desta vez convertido, e novo gol nos instantes finais da partida, decretaram mais um insucesso do Tricolor neste Brasileirão. Bom, eram os Meninos da Vila que estavam do outro lado. Astros selecionáveis como Neymar e Ganso. Mas a situação do Grêmio não permite levar nem isso em consideração. A três pontos do primeiro fora da zona do rebaixamento, o clube enxerga cada vez mais forte a possibilidade de cair para a Série B. Seria a desgraça total! Em ano que o lado vermelho comemora a confirmação da hegemonia, os azuis rebaixam pela terceira vez. Nunca a gangorra da dupla deixou por tanto tempo um time de castigo.
Com relação ao Colorado, não haveria lugar melhor para curar a ressaca do título continental. Na Ressacada, em Florianópolis, a equipe de Celso Roth levou alguns sustos, mas garantiu três pontos na tabela graças a uma cabeçada fulminante do zagueiro Índio, que ultrapassou Figueroa (ídolo dos anos 70) em número de gols. A partida também marcou a despedida do atacante Taison, que foi negociado com o Metalist, da Ucrânia. Definitivamente, o Inter parece ter dado o pontapé para uma nova fase, quem sabe, ainda de vitórias.
Já o Grêmio, bem quem poderia entrar na onda dos vermelhos. Até parecia que venceria a partida desta quarta, quando Borges abriu o placar. Porém, o time não aproveitou as chances que teve no primeiro tempo e sofreu o castigo no segundo. Mais uma vez, Victor conseguiu defender uma penalidade, mas foi pouco para as deficiências do plantel comandado por Renato. Outro pênalti, desta vez convertido, e novo gol nos instantes finais da partida, decretaram mais um insucesso do Tricolor neste Brasileirão. Bom, eram os Meninos da Vila que estavam do outro lado. Astros selecionáveis como Neymar e Ganso. Mas a situação do Grêmio não permite levar nem isso em consideração. A três pontos do primeiro fora da zona do rebaixamento, o clube enxerga cada vez mais forte a possibilidade de cair para a Série B. Seria a desgraça total! Em ano que o lado vermelho comemora a confirmação da hegemonia, os azuis rebaixam pela terceira vez. Nunca a gangorra da dupla deixou por tanto tempo um time de castigo.
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Grêmio tenta melar o bi Mundial do Inter
Foto: Diego Vara (Clicesportes)
Hugo chegou para ser titular do Grêmio. Já havia sido em 2006, sob o comando de Mano Menezes. Porém, neste ano, as coisas não aconteceram da melhor maneira possível. Ele foi reserva de Leandro, Maylson, Douglas e todos os nomes possíveis para um meio-campo. Até na ala-esquerda foi improvisado. Nada motivou Hugo. Pois agora o Grêmio tem uma nova missão: melar o bicampeonato mundial do Inter em Abu Dhabi.
O meia foi negociado com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e vai disputar o Mundial Interclubes em dezembro. Naquele clube, ele encontrará mais três brasileiros (curiosamente, todos ex-colorados): Magrão, que passou recentemente pelo Beira-Rio; Pinga, que foi campeão da Recopa em 2007; e Fernando Baiano, centroavante que fez parte da campanha que quase rebaixou o Inter em 2002. Pois ao lado deles, Hugo tentará estragar a festa dos colorados em dezembro. Aliás, ele tem credencial para isso. Mesmo que tenha tido uma passagem apagada pelo estádio Olímpico, o meia canhoto realizou uma de suas melhores partidas neste ano na vitória de 2 a 0 no primeiro Gre-Nal que decidiu o Gauchão (foto). Foi a grande surpresa de Silas na ocasião.
Hugo chegou para ser titular do Grêmio. Já havia sido em 2006, sob o comando de Mano Menezes. Porém, neste ano, as coisas não aconteceram da melhor maneira possível. Ele foi reserva de Leandro, Maylson, Douglas e todos os nomes possíveis para um meio-campo. Até na ala-esquerda foi improvisado. Nada motivou Hugo. Pois agora o Grêmio tem uma nova missão: melar o bicampeonato mundial do Inter em Abu Dhabi.
O meia foi negociado com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e vai disputar o Mundial Interclubes em dezembro. Naquele clube, ele encontrará mais três brasileiros (curiosamente, todos ex-colorados): Magrão, que passou recentemente pelo Beira-Rio; Pinga, que foi campeão da Recopa em 2007; e Fernando Baiano, centroavante que fez parte da campanha que quase rebaixou o Inter em 2002. Pois ao lado deles, Hugo tentará estragar a festa dos colorados em dezembro. Aliás, ele tem credencial para isso. Mesmo que tenha tido uma passagem apagada pelo estádio Olímpico, o meia canhoto realizou uma de suas melhores partidas neste ano na vitória de 2 a 0 no primeiro Gre-Nal que decidiu o Gauchão (foto). Foi a grande surpresa de Silas na ocasião.
Será que ele será o trunfo dos gremistas contra os rivais? Pode ser que sim. Mas antes disso, o torcedor precisa torcer para que o Al-Wahda caia no cruzamento do Inter, nas semifinais e, antes de tudo isso, torcer para si mesmo. Pois, de nada adiantará ver o próprio clube novamente na Série B, enquanto os vermelhos sonham com voos maiores.
domingo, 22 de agosto de 2010
Os medalhões são passado
Foto: Ricardo Duarte (Clicesportes)
O Internacional realizou sua primeira partida pós bi da América neste domingo. O adversário não poderia ser melhor: o lanterna Atlético-GO. O discurso do técnico e da direção exigem o título do Brasileirão a partir de agora. Porém, a escolha por reservas deixa claro que o clube vai se manter em "banho maria" até a realização do Mundial Interclubes no fim do ano. Mesmo assim, uma observação pode ser feita: os medalhões fazem parte do passado no Beira-Rio.
Celso Roth considerou Edu, Everton e Bruno Silva titulares. Mas, convenhamos, eles estão abaixo de Marquinhos, Oscar e Daniel Balloy. Até mesmo o zagueiro Fabiano Eller, que confirmou sua ida ao futebol do Catar, estava jogando a mesma bolinha do garoto Juan. Se é para ter reservas, que não se gaste tanto em salário. Uma limpeza no vestiário se faz necessária. É a hora e a vez da meninada das categorias de base. E Leandro Damião é a prova viva disso tudo!
O que mais preocupou o torcedor colorado, no entanto, não foi a atuação do time B diante dos goianos. A grande causa do suor neste final de semana foi a vitória da Internazionale de Milão sobre o Roma (3 a 1), culminando na conquista da Supercopa da Itália. São estes multicampeões que vão digladiar com o Inter, muito provavelmente, em Abu Dhabi, em dezembro. Até lá, muita coisa ainda vai acontecer em Porto Alegre.
O Internacional realizou sua primeira partida pós bi da América neste domingo. O adversário não poderia ser melhor: o lanterna Atlético-GO. O discurso do técnico e da direção exigem o título do Brasileirão a partir de agora. Porém, a escolha por reservas deixa claro que o clube vai se manter em "banho maria" até a realização do Mundial Interclubes no fim do ano. Mesmo assim, uma observação pode ser feita: os medalhões fazem parte do passado no Beira-Rio.
Celso Roth considerou Edu, Everton e Bruno Silva titulares. Mas, convenhamos, eles estão abaixo de Marquinhos, Oscar e Daniel Balloy. Até mesmo o zagueiro Fabiano Eller, que confirmou sua ida ao futebol do Catar, estava jogando a mesma bolinha do garoto Juan. Se é para ter reservas, que não se gaste tanto em salário. Uma limpeza no vestiário se faz necessária. É a hora e a vez da meninada das categorias de base. E Leandro Damião é a prova viva disso tudo!
O que mais preocupou o torcedor colorado, no entanto, não foi a atuação do time B diante dos goianos. A grande causa do suor neste final de semana foi a vitória da Internazionale de Milão sobre o Roma (3 a 1), culminando na conquista da Supercopa da Itália. São estes multicampeões que vão digladiar com o Inter, muito provavelmente, em Abu Dhabi, em dezembro. Até lá, muita coisa ainda vai acontecer em Porto Alegre.
sábado, 21 de agosto de 2010
Emoção, só do lado adversário
Foto: LC Moreira / Futura Press (Terra)
Emoção! Foi isto que sobrou na comemoração do gol de Geraldo, aos 44 do segundo tempo. E, ao mesmo tempo, faltou no time do Grêmio neste sábado, no Castelão. Resultado: nova derrota no Brasileirão, 2 a 1 para o Ceará. No duelo dos técnicos (ambos campeões do Mundo pelo Tricolor em 1983), melhor para o "Vesgo". E então, desmoronou toda a sensação de que a equipe melhoraria a partir da chegada de Renato Portaluppi e após a vitória contra o Goiás. Restou apenas a revolta por ver o time afundar no segundo semestre de 2010, enquanto o coirmão ainda comemora o título da América. Mas esta parece ser apenas uma visão do torcedor, pois a diretoria ainda enxerga o Grêmio gigantesco - apesar de apequená-lo no dia a dia.
Para demonstrar o tamanho do problema que vive o estádio Olímpico, basta analisar o modo como o clube cearense abriu o placar no jogo. Aos 45 segundos de partida, William Magrão, que segue com a nove nas costas, encarnou o velho Jardel para mandar um testaço para o fundo das redes - porém, para as próprias redes. O Ceará ainda tentou dar uma mão oferecendo o empate também em um gol contra. Mas o Grêmio fez questão de não vencer. Se fechou na zaga e rezou para que São Victor operasse milagres, incluindo a defesa de uma penalidade.
O castigo, embora doído, foi merecido. O Ceará teve a vibração necessária para buscar os primeiros três pontos após a volta da Copa do Mundo. A única explicação para a apatia gremista pode ser que, ao perder, o clube permitiu aos cearenses seguir na briga pelas primeiras colocações, prejudicando o rival Inter. E não me espantaria se esta for a felicidade da diretoria. Nos últimos tempos, a preocupação deles tem sido compararar os feitos do passado com o que o Colorado vem conquistando. Desta maneira, as vitórias também já fazem parte do museu no Olímpico. Triste realidade do torcedor azul, preto e branco.
Emoção! Foi isto que sobrou na comemoração do gol de Geraldo, aos 44 do segundo tempo. E, ao mesmo tempo, faltou no time do Grêmio neste sábado, no Castelão. Resultado: nova derrota no Brasileirão, 2 a 1 para o Ceará. No duelo dos técnicos (ambos campeões do Mundo pelo Tricolor em 1983), melhor para o "Vesgo". E então, desmoronou toda a sensação de que a equipe melhoraria a partir da chegada de Renato Portaluppi e após a vitória contra o Goiás. Restou apenas a revolta por ver o time afundar no segundo semestre de 2010, enquanto o coirmão ainda comemora o título da América. Mas esta parece ser apenas uma visão do torcedor, pois a diretoria ainda enxerga o Grêmio gigantesco - apesar de apequená-lo no dia a dia.
Para demonstrar o tamanho do problema que vive o estádio Olímpico, basta analisar o modo como o clube cearense abriu o placar no jogo. Aos 45 segundos de partida, William Magrão, que segue com a nove nas costas, encarnou o velho Jardel para mandar um testaço para o fundo das redes - porém, para as próprias redes. O Ceará ainda tentou dar uma mão oferecendo o empate também em um gol contra. Mas o Grêmio fez questão de não vencer. Se fechou na zaga e rezou para que São Victor operasse milagres, incluindo a defesa de uma penalidade.
O castigo, embora doído, foi merecido. O Ceará teve a vibração necessária para buscar os primeiros três pontos após a volta da Copa do Mundo. A única explicação para a apatia gremista pode ser que, ao perder, o clube permitiu aos cearenses seguir na briga pelas primeiras colocações, prejudicando o rival Inter. E não me espantaria se esta for a felicidade da diretoria. Nos últimos tempos, a preocupação deles tem sido compararar os feitos do passado com o que o Colorado vem conquistando. Desta maneira, as vitórias também já fazem parte do museu no Olímpico. Triste realidade do torcedor azul, preto e branco.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Seleção da Libertadores 2010
Escalei meus onze melhores da Libertadores da América 2010. Clubes tradicionais como São Paulo, Estudiantes e Flamengo caíram em meio ao torneio, mas deixaram alguns atletas na Seleção desta 51ª edição do torneio:
Zagueiro: Alex Silva (São Paulo-BRA): Representa a rigidez defensiva da equipe são-paulina jogando de forma segura.
Lateral-esquerdo: Kléber (Inter-BRA): Fez grandes assistências na reta final e um golaço contra o Banfield, na Argentina.
Goleiro: Miguel Pinto (Universidad-CHI): Apesar da falha na segunda partida contra o Chivas, pela semifinal, foi responsável por espetaculares defesas.
Lateral-direito: Léo Moura (Flamengo-BRA): Fez dois gols na competição, ambos contra o Universidad do Chile na fase de grupos - o primeiro deles aliás em uma bela cobrança de falta na estreia do Flamengo.
Lateral-direito: Léo Moura (Flamengo-BRA): Fez dois gols na competição, ambos contra o Universidad do Chile na fase de grupos - o primeiro deles aliás em uma bela cobrança de falta na estreia do Flamengo.
Zagueiro: Bolívar (Inter-BRA): Voltou mais maduro da França e merecidamente ganhou a braçadeira de capitão, sendo responsável por erguer a taça para os colorados.
Zagueiro: Alex Silva (São Paulo-BRA): Representa a rigidez defensiva da equipe são-paulina jogando de forma segura.
Lateral-esquerdo: Kléber (Inter-BRA): Fez grandes assistências na reta final e um golaço contra o Banfield, na Argentina.
Volante: Sandro (Inter-BRA): Mesmo vendido ao Tottenham-ING, jamais tirou o pé nas jogadas ríspidas. Muito pelo contrário!
Volante: Verón (Estudiantes-ARG): Por pouco não conduziu o clube argentino a mais uma conquista da América, repetindo o feito de seu pai. Foi novamente um maestro.
O presente, o passado e o futuro do Inter no Bi da América
Foto: Jefferson Bernardes (Vipcomm)
Uma namorada não devia sentir ciúmes de uma ex-namorada. Por mais que se fale o contrário, as mulheres são todas diferentes uma das outras. Assim como as Libertadores da América. Cada qual tem um gosto especial. Em 2006, o Inter viveu o ineditismo. Agora, o clube reafirma o status de vencedor. A conquista de 2010 não está tão solidificada como a de quatro anos atrás. Não se resume em um ou dois personagens. É escrita em capítulos, versículos e linha por linha. Com a chegada de Abbondanzieri, a briga de Walter e a saída de Fossati. Todos os detalhes compõem a consagração. Aliás, na vitória de 3 a 2 sobre o Chivas na noite desta quarta-feira, pode se esmiuçar o cenário colorado.
Pegaremos os gols como exemplos. O Inter saiu atrás do placar, como na sua própria história. Fundado seis anos depois do rival, o Colorado amargou alguns anos até vencer o primeiro clássico. Porém, Rafael Sóbis igualou o marcador. Soltou da garganta do torcedor o grito entalado a tanto tempo. Veio a virada, dos pés de um promissor centroavante chamado Leandro Damião, que aponta o futuro do futebol vermelho - de apostas e lucros. E, por fim, se solidificou a vitória através de um belíssimo espetáculo à parte de Giuliano - o meia que saltou do banco de reservas para clarear o caminho do bicampeonato. Ele é o presente do Inter! E o gol de Araújo nada mais foi do que as intempestuosidades que se atravessa durante uma jornada. Porém, quase imperceptível perante o gigantismo da conquista.
E assim se constrói a imagem do Sport Club Internacional. Com o glorioso passado, colhido no presente, mas sem descuidar do futuro. E aqui não se quer fazer injustiça a Tinga, Kléber, Nei, Índio e tantos outros não citados. Nem aos 60 mil espectadores que compareceram no Beira-Rio, ou aos outros tantos que empurram o time diante da televisão ou do radinho. O Inter é gigante por ter toda esta estrutura. Resta provar que pode mais ainda daqui a quatro meses, quando estrear no Mundial Interclubes em Abu Dhabi.
Uma namorada não devia sentir ciúmes de uma ex-namorada. Por mais que se fale o contrário, as mulheres são todas diferentes uma das outras. Assim como as Libertadores da América. Cada qual tem um gosto especial. Em 2006, o Inter viveu o ineditismo. Agora, o clube reafirma o status de vencedor. A conquista de 2010 não está tão solidificada como a de quatro anos atrás. Não se resume em um ou dois personagens. É escrita em capítulos, versículos e linha por linha. Com a chegada de Abbondanzieri, a briga de Walter e a saída de Fossati. Todos os detalhes compõem a consagração. Aliás, na vitória de 3 a 2 sobre o Chivas na noite desta quarta-feira, pode se esmiuçar o cenário colorado.
Pegaremos os gols como exemplos. O Inter saiu atrás do placar, como na sua própria história. Fundado seis anos depois do rival, o Colorado amargou alguns anos até vencer o primeiro clássico. Porém, Rafael Sóbis igualou o marcador. Soltou da garganta do torcedor o grito entalado a tanto tempo. Veio a virada, dos pés de um promissor centroavante chamado Leandro Damião, que aponta o futuro do futebol vermelho - de apostas e lucros. E, por fim, se solidificou a vitória através de um belíssimo espetáculo à parte de Giuliano - o meia que saltou do banco de reservas para clarear o caminho do bicampeonato. Ele é o presente do Inter! E o gol de Araújo nada mais foi do que as intempestuosidades que se atravessa durante uma jornada. Porém, quase imperceptível perante o gigantismo da conquista.
E assim se constrói a imagem do Sport Club Internacional. Com o glorioso passado, colhido no presente, mas sem descuidar do futuro. E aqui não se quer fazer injustiça a Tinga, Kléber, Nei, Índio e tantos outros não citados. Nem aos 60 mil espectadores que compareceram no Beira-Rio, ou aos outros tantos que empurram o time diante da televisão ou do radinho. O Inter é gigante por ter toda esta estrutura. Resta provar que pode mais ainda daqui a quatro meses, quando estrear no Mundial Interclubes em Abu Dhabi.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
A Libertadores pede cautela
Tudo leva a crer que o Inter será bicampeão da América nesta noite de quarta-feira. A expriência do elenco, a qualidade dos jogadores e a vantagem adquirida no México fazem com que a torcida exploda de emoção antes do apito inicial. No entanto, a cautela é essencial. A história da Libertadores nos faz assim. Ou alguém acreditava que o São Caetano fosse perder para o Olímpia depois de ter vencido no Paraguai?
Aliás, falar no Olímpia é decepcionante para alguns colorados. Principalmente para aqueles que viveram a versão paraguaia do "Maracanazo" em 1989. Depois de ter vencido em Assunção, os comandados de Abel Braga vieram ser derrotados dentro de casa e, em um Beira-Rio lotado, foram desclassificados nas penalidades. Já o Cruz Azul, conterrâneo deste Chivas que enfrenta o Inter hoje, quase pregou uma peça no temível Boca Juniors. Em 2001, os mexicanos perderam em casa e devolveram o placar na Bombonera. Fizeram os argentinos suar a camiseta nas cobranças de pênalti, depois de terem se considerado campeões por antecedência. Não precisamos nem ir muito longe! O Cruzeiro, no ano passado, arrancou um empate em 0 a 0 com o Estudiantes, em La Plata, e chegou a Belo Horizonte pensando em como marcaria Messi no final do ano (foto). Pois foram os hermanos que se classificaram para enfrentar o Barcelona em Abu Dhabi após uma vitória em pleno Mineirão.
A própria história do Inter não nos deixa relaxar. O já citado Olímpia, o vice do Brasileirão para o Bahia em 1988, a goleada para o Juventude na Copa do Brasil e tantas outras decepções que ficaram alojadas na lembrança da torcida vermelha não permitem um relaxamento maior. É bem verdade que o presente do Colorado é muito mais vitorioso do que estes exemplos elucidados. Porém, a cautela é natural. Agora, terminado o jogo desta noite, após o erguimento da taça pelo capitão Bolívar, os colorados podem comemorar efusivamente. Enfim, estará marcada mais uma estrela no currículo do clube.
Aliás, falar no Olímpia é decepcionante para alguns colorados. Principalmente para aqueles que viveram a versão paraguaia do "Maracanazo" em 1989. Depois de ter vencido em Assunção, os comandados de Abel Braga vieram ser derrotados dentro de casa e, em um Beira-Rio lotado, foram desclassificados nas penalidades. Já o Cruz Azul, conterrâneo deste Chivas que enfrenta o Inter hoje, quase pregou uma peça no temível Boca Juniors. Em 2001, os mexicanos perderam em casa e devolveram o placar na Bombonera. Fizeram os argentinos suar a camiseta nas cobranças de pênalti, depois de terem se considerado campeões por antecedência. Não precisamos nem ir muito longe! O Cruzeiro, no ano passado, arrancou um empate em 0 a 0 com o Estudiantes, em La Plata, e chegou a Belo Horizonte pensando em como marcaria Messi no final do ano (foto). Pois foram os hermanos que se classificaram para enfrentar o Barcelona em Abu Dhabi após uma vitória em pleno Mineirão.
A própria história do Inter não nos deixa relaxar. O já citado Olímpia, o vice do Brasileirão para o Bahia em 1988, a goleada para o Juventude na Copa do Brasil e tantas outras decepções que ficaram alojadas na lembrança da torcida vermelha não permitem um relaxamento maior. É bem verdade que o presente do Colorado é muito mais vitorioso do que estes exemplos elucidados. Porém, a cautela é natural. Agora, terminado o jogo desta noite, após o erguimento da taça pelo capitão Bolívar, os colorados podem comemorar efusivamente. Enfim, estará marcada mais uma estrela no currículo do clube.
domingo, 15 de agosto de 2010
Com a nove nas costas
Foto: Uol.com.br
Para o Grêmio, a volta das vitórias não podia passar de hoje. Pois voltou com um 2 a 0 diante do Goiás neste domingo. E, mais importante que isso, o torcedor gremista vai poder dormir tranquilo porque viu o rival levar três do Fluminense. Os sorrisos voltaram a aparecer nas arquibancadas do estádio Olímpico. Gritos de olé e o bom futebol de Douglas reapareceram. E o mais estranho de tudo: com dois gols de um falso camisa 9.
William Magrão, volante de ofício, atuou com número de centroavante na partida e tomou para si a figura do artilheiro. Acabou marcando os dois tentos do jogo, tirando a equipe da zona do rebaixamento. Aliás, pode se considerar que a estrela de Renato Portaluppi brilhou. A escolha por um homem defensivo com a camisa 9 não foi inédita na vida do treinador. No Fluminense, Cícero (também volante de ofício) virou atacante com Renato e acabou sendo negociado pro Exterior. Portanto, medida provisória e resultado certo na hora certa.
Enquanto isso, no Maracanã, outro camisa 9 aparecia para a torcida - mas de forma negativa. Coube a Rafael Sóbis assumir a tarefa de conclusão dentro de um esquema 3-6-1 armado por Celso Roth. Talvez pela solidão ou pela falta de ritmo de jogo, o atacante não repetiu as atuações de quando usava o número 11, há quatro anos. Acabou, ainda por cima, sendo expulso depois de acertar um adversário com carrinho totalmente desnecessário. E assim, afundado em meio aos reservas do Inter, ficou fácil para o Fluminense fazer 3 a 0 e disparar na liderança do Brasileirão.
Para o Grêmio, a volta das vitórias não podia passar de hoje. Pois voltou com um 2 a 0 diante do Goiás neste domingo. E, mais importante que isso, o torcedor gremista vai poder dormir tranquilo porque viu o rival levar três do Fluminense. Os sorrisos voltaram a aparecer nas arquibancadas do estádio Olímpico. Gritos de olé e o bom futebol de Douglas reapareceram. E o mais estranho de tudo: com dois gols de um falso camisa 9.
William Magrão, volante de ofício, atuou com número de centroavante na partida e tomou para si a figura do artilheiro. Acabou marcando os dois tentos do jogo, tirando a equipe da zona do rebaixamento. Aliás, pode se considerar que a estrela de Renato Portaluppi brilhou. A escolha por um homem defensivo com a camisa 9 não foi inédita na vida do treinador. No Fluminense, Cícero (também volante de ofício) virou atacante com Renato e acabou sendo negociado pro Exterior. Portanto, medida provisória e resultado certo na hora certa.
Enquanto isso, no Maracanã, outro camisa 9 aparecia para a torcida - mas de forma negativa. Coube a Rafael Sóbis assumir a tarefa de conclusão dentro de um esquema 3-6-1 armado por Celso Roth. Talvez pela solidão ou pela falta de ritmo de jogo, o atacante não repetiu as atuações de quando usava o número 11, há quatro anos. Acabou, ainda por cima, sendo expulso depois de acertar um adversário com carrinho totalmente desnecessário. E assim, afundado em meio aos reservas do Inter, ficou fácil para o Fluminense fazer 3 a 0 e disparar na liderança do Brasileirão.
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Com um ano de atraso
Foto: Jefferson Bottega (Clicesportes)
Renato Portaluppi não é um estategista magnífico. Suas equipes refletem aquilo que ele foi dentro de campo: raçudo e talentoso. E a prova disso é o Fluminense que treinou em 2008, que desbancou Boca Juniors e São Paulo para chegar à final da Libertadores da América. E justamente pensando neste treinador (e é claro, também no ídolo que marcou os dois gols contra o Hamburgo em 1983), que o Grêmio foi atrás dele no Bahia. Porém, arrisco dizer que pode ter sido tarde demais. E a prova disso foi a derrota de 2 a 0 nesta quinta, para o Goiás, em pleno estádio Olímpico. Depois de oito meses, e sonhos com o título da Sul-Americana e Copa do Brasil, só resta ao clube Tricolor brigar contra o rebaixamento no Brasileirão.
Se tivesse desembarcado em Porto Alegre há um ano, como queria o presidente Duda Kroeff, a trajetória de Renato na casamata gremista poderia ser mais brilhante. Quando Celso Roth deixou o clube em meio à Libertadores de 2009, não havia terra arrasada como agora. Muito pelo contrário, o ânimo em ver o eterno camisa 7 comandando o Tricolor na competição mais importante das Américas poderia ter sido o combustível que faltou contra o Cruzeiro. Porém, não foi assim que a história se escreveu.
Neste agosto de 2010, resta ao Grêmio de Renato ressucitar das profundezas da tabela de classificação. Praticamente não há quem fale em título no estádio Olímpico. E o problema é que, quando o assunto foi rebaixamento, Portaluppi não foi o comandante mais indicado. Em tiros curtos, como Copa do Brasil, o técnico mostrou seu valor. No entanto, há dois descensos na história do futebol brasileiro que levam o carimbo do comandante: Fluminense em 1996 (depois com virada de mesa) e Vasco em 2008. Sendo assim, a situação é tão desesperadora no Grêmio que nem o maior ídolo da massa azul pode salvar. Tomara que seja a exceção.
Renato Portaluppi não é um estategista magnífico. Suas equipes refletem aquilo que ele foi dentro de campo: raçudo e talentoso. E a prova disso é o Fluminense que treinou em 2008, que desbancou Boca Juniors e São Paulo para chegar à final da Libertadores da América. E justamente pensando neste treinador (e é claro, também no ídolo que marcou os dois gols contra o Hamburgo em 1983), que o Grêmio foi atrás dele no Bahia. Porém, arrisco dizer que pode ter sido tarde demais. E a prova disso foi a derrota de 2 a 0 nesta quinta, para o Goiás, em pleno estádio Olímpico. Depois de oito meses, e sonhos com o título da Sul-Americana e Copa do Brasil, só resta ao clube Tricolor brigar contra o rebaixamento no Brasileirão.
Se tivesse desembarcado em Porto Alegre há um ano, como queria o presidente Duda Kroeff, a trajetória de Renato na casamata gremista poderia ser mais brilhante. Quando Celso Roth deixou o clube em meio à Libertadores de 2009, não havia terra arrasada como agora. Muito pelo contrário, o ânimo em ver o eterno camisa 7 comandando o Tricolor na competição mais importante das Américas poderia ter sido o combustível que faltou contra o Cruzeiro. Porém, não foi assim que a história se escreveu.
Neste agosto de 2010, resta ao Grêmio de Renato ressucitar das profundezas da tabela de classificação. Praticamente não há quem fale em título no estádio Olímpico. E o problema é que, quando o assunto foi rebaixamento, Portaluppi não foi o comandante mais indicado. Em tiros curtos, como Copa do Brasil, o técnico mostrou seu valor. No entanto, há dois descensos na história do futebol brasileiro que levam o carimbo do comandante: Fluminense em 1996 (depois com virada de mesa) e Vasco em 2008. Sendo assim, a situação é tão desesperadora no Grêmio que nem o maior ídolo da massa azul pode salvar. Tomara que seja a exceção.
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Parabéns, professor!
Foto: Alexandre Lops (Site Inter)
Celso Juarez Roth não está de aniversário. Mesmo assim, sou obrigado a dar-lhe os parabéns. A vitória de virada sobre o Chivas nesta quarta-feira (e a própria virada do Inter na Libertadores da América) tem cravados os cinco dedos do treinador. Não houve mágica nenhuma - muito pelo contrário! O que ele fez foi o simples, porém que não é feito por qualquer um: voltar atrás de um erro.
Embora fosse melhor em campo, o Internacional não conseguia chegar ao gol e, ainda por cima, assistiu Bautista abrir o placar para os mexicanos. E parte disso se explica pela saída de Alecsandro, lesionado. Como alternativa, o técnico chamou do banco de reservas o atacante Everton. Toda a preocupação que o ataque colorado vinha causando à defesa do Chivas cessou sem mais nem menos. E quando até os gandulas viam que o Inter precisava mexer novamente, Roth mandou Rafael Sóbis tirar o colete. Porém, Everton, que acabara de entrar, era a substituição mais óbvia. Mas como sacar o jogador que acabou de entrar? Ele poderia ter tirado Giuliano, Taison, D'Alessandro e todos os outros. Porém, o professor assumiu o erro e retirou o ex-jogador gremista. A partir de então o Colorado se reergueu e atropelou o adversário.
Isso comprova a evolução no trabalho de Celso. Realmente, ele está mudado. O Inter está com a mão no bi da Libertadores graças a ele. Quem não deve gostar nada do que está vendo é a diretoria gremista, que noutros tempos apostou no comandante e não obteve sucesso. Contudo, até a chegada de Renato Portaluppi nesta quinta demonstra a confiança do lado azul. O que se espera de um treinador é que ele leve a equipe à vitória e, quando errar, saiba se redimir do erro. Parabéns, Roth. Boa sorte, Renato.
Celso Juarez Roth não está de aniversário. Mesmo assim, sou obrigado a dar-lhe os parabéns. A vitória de virada sobre o Chivas nesta quarta-feira (e a própria virada do Inter na Libertadores da América) tem cravados os cinco dedos do treinador. Não houve mágica nenhuma - muito pelo contrário! O que ele fez foi o simples, porém que não é feito por qualquer um: voltar atrás de um erro.
Embora fosse melhor em campo, o Internacional não conseguia chegar ao gol e, ainda por cima, assistiu Bautista abrir o placar para os mexicanos. E parte disso se explica pela saída de Alecsandro, lesionado. Como alternativa, o técnico chamou do banco de reservas o atacante Everton. Toda a preocupação que o ataque colorado vinha causando à defesa do Chivas cessou sem mais nem menos. E quando até os gandulas viam que o Inter precisava mexer novamente, Roth mandou Rafael Sóbis tirar o colete. Porém, Everton, que acabara de entrar, era a substituição mais óbvia. Mas como sacar o jogador que acabou de entrar? Ele poderia ter tirado Giuliano, Taison, D'Alessandro e todos os outros. Porém, o professor assumiu o erro e retirou o ex-jogador gremista. A partir de então o Colorado se reergueu e atropelou o adversário.
Isso comprova a evolução no trabalho de Celso. Realmente, ele está mudado. O Inter está com a mão no bi da Libertadores graças a ele. Quem não deve gostar nada do que está vendo é a diretoria gremista, que noutros tempos apostou no comandante e não obteve sucesso. Contudo, até a chegada de Renato Portaluppi nesta quinta demonstra a confiança do lado azul. O que se espera de um treinador é que ele leve a equipe à vitória e, quando errar, saiba se redimir do erro. Parabéns, Roth. Boa sorte, Renato.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Separados no berçário
Foto: Getty Images
Sobraram motivos para que o gaúcho sentasse em frente à TV na noite de ontem para assistir à nova Seleção Brasileira contra os Estados Unidos. Queremos saber como será a condução feita por Mano Menezes. Um gaúcho, que por sua vez, substitui a outro gaudério na casamata - Dunga. Queremos rever Lucas, Carlos Eduardo, Alexandre Pato e relembrar as atuações deles pela dupla Gre-Nal há três anos. Queremos vislumbrar Victor atuando pela primeira vez com a camisa 1. No entanto, toda a euforia cai por terra logo após o apito final. Cariocas, paulistas e baianos vibraram com a volta da malemolência ao futebol nacional. Nós, sul-riograndenses, levantamos do sofá e cantamos o hino estadual.
Como pensar em Seleção Brasileira quando o Inter está prestes a disputar uma final de Libertadores da América? Não há colorado que pense em Ganso e Neymar, quando a grama sintética e o substituto de Tinga lhe saem da cabeça. Não é à toa que todos os vermelhos comemoraram a permanência de Sandro no Inter, dispensado do amistoso por Mano para enfrentar o Chivas Guadalajara. O segundo título sul-americano é presença constante na cabeça do torcedor do Beira-Rio, que alcança o pensamento até o México, jamais chegando a Nova Jersey (palco do amistoso desta terça-feira).
Enquanto isso, os gremistas, além de roerem as unhas de apreensão por ver o rival tão próximo do caneco, ganharam outra preocupação nesta terça: saber que horas Renato Portaluppi desembarcará em Porto Alegre na quinta-feira. Ninguém está ligando pra continuidade de Mano Menezes no comando do Brasil. Ele já é passado! Agora, o presente, ordena que toda a massa tricolor volte a gritar o nome de Renato das arquibancadas. O "homem-gol" será o encarregado de tirar o Grêmio da zona do rebaixamento para levar ao título da Copa Sul-Americana.
Por essas e outras, obrigo-me a pensar que só torcemos para o Brasil porque em época de Copa do Mundo o calendário do futebol nacional para. Do contrário, ainda estaríamos vestindo o azul ou o vermelho dos nossos clubes. E, com convicção, afirmo que se fizessemos uma Seleção Gaúcha, aí sim, pouco nos importaria saber de Gansos e Patos. Somos sul-riograndenses antes de brasileiros.
Sobraram motivos para que o gaúcho sentasse em frente à TV na noite de ontem para assistir à nova Seleção Brasileira contra os Estados Unidos. Queremos saber como será a condução feita por Mano Menezes. Um gaúcho, que por sua vez, substitui a outro gaudério na casamata - Dunga. Queremos rever Lucas, Carlos Eduardo, Alexandre Pato e relembrar as atuações deles pela dupla Gre-Nal há três anos. Queremos vislumbrar Victor atuando pela primeira vez com a camisa 1. No entanto, toda a euforia cai por terra logo após o apito final. Cariocas, paulistas e baianos vibraram com a volta da malemolência ao futebol nacional. Nós, sul-riograndenses, levantamos do sofá e cantamos o hino estadual.
Como pensar em Seleção Brasileira quando o Inter está prestes a disputar uma final de Libertadores da América? Não há colorado que pense em Ganso e Neymar, quando a grama sintética e o substituto de Tinga lhe saem da cabeça. Não é à toa que todos os vermelhos comemoraram a permanência de Sandro no Inter, dispensado do amistoso por Mano para enfrentar o Chivas Guadalajara. O segundo título sul-americano é presença constante na cabeça do torcedor do Beira-Rio, que alcança o pensamento até o México, jamais chegando a Nova Jersey (palco do amistoso desta terça-feira).
Enquanto isso, os gremistas, além de roerem as unhas de apreensão por ver o rival tão próximo do caneco, ganharam outra preocupação nesta terça: saber que horas Renato Portaluppi desembarcará em Porto Alegre na quinta-feira. Ninguém está ligando pra continuidade de Mano Menezes no comando do Brasil. Ele já é passado! Agora, o presente, ordena que toda a massa tricolor volte a gritar o nome de Renato das arquibancadas. O "homem-gol" será o encarregado de tirar o Grêmio da zona do rebaixamento para levar ao título da Copa Sul-Americana.
Por essas e outras, obrigo-me a pensar que só torcemos para o Brasil porque em época de Copa do Mundo o calendário do futebol nacional para. Do contrário, ainda estaríamos vestindo o azul ou o vermelho dos nossos clubes. E, com convicção, afirmo que se fizessemos uma Seleção Gaúcha, aí sim, pouco nos importaria saber de Gansos e Patos. Somos sul-riograndenses antes de brasileiros.
domingo, 8 de agosto de 2010
¿Estás en duda?
Foto: Site Grêmio
Para quem costuma viajar pela região sul do Estado, principalmente na fronteira com Uruguai e Argentina, existe uma placa de trânsito que passa desapercebida. Posta na beira de rodovias, ela apresenta o seguinte dizer: "¿Estás en duda? No se adelante". Traduzindo, ela avisa aos hermanos, viajantes de primeira viagem, que tomem cuidado na estrada que não conhecem. Pois, a partir de agora, ela passa a se direcionar ao presidente do Grêmio, Duda Kroeff, que curiosamente carrega o apelido de "dúvida", em espanhol. Assim como os motoristas uruguaios e argentinos, o cartola tricolor não pode pisar em falso a partir de agora.
A derrota dentro de casa neste domingo, diante do líder Fluminense, foi o ultimato para os homens do futebol gremista. Silas e Meira caíram juntos, deixando o clube na zona do rebaixamento do Brasileirão. Segundo Duda, uma opção solitária dele, para trazer a torcida de volta para o lado do time. Pois bem, convenhamos, ele só tomou esta decisão pelo tamanho da pressão que veio das arquibancadas do Olímpico. Há tempos o nome de Silas vem sendo vaiado, enquanto o diretor de futebol também não tinha o carinho do torcedor. Entretanto, os últimos dias trouxeram à boca da torcida o nome do presidente. Por isso, o momento é de fragilidade e atenção.
Duda terá de pensar muito bem em suas escolhas a partir de agora. Não só com relação ao novo comandante da equipe, mas às parcerias que firmará no futebol. Ele, que já teve o apoio de Fábio Koff nas urnas em 2008, não tem tido mais o respaldo do eterno presidente e de tantas outras figuras marcantes na história gremista. Aliás, o desempenho do time em seu mandato é um reflexo do seu próprio perfil - Kroeff, um gentleman, nada tem a ver com a cara do clube. Não há mais espaço para dúvidas no estádio Olímpico!
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
É muita coincidência!
Foto: Vipcomm
Todas as coincidências que listamos nestes últimos dias não podiam ser por menos. Tudo foi um mantra que conduziu o Internacional de volta a um Mundial Interclubes. Desde o vice do Brasileirão, passando pelo gol de Nei e sendo executado com o cruzamento contra o São Paulo. Porém, restava a última pitada, a confirmação de que o caminho estava iluminado - e ela começou no dia 10 de maio. Nesta data, Paulo César Tinga assinava seu contrato com o Inter, retornando ao Beira-Rio. O meia/volante já se declarou colorado de coração. No entanto, mal sabia ele que a vida dele estava atrelada a mais um capítulo histórico do clube.
Nem a falha de Renan, no primeiro gol do São Paulo; muito menos o desvio de Alecsandro na falta cobrada por D'Alessandro. Nada apagou a presença de Tinga no jogo. Além da bela apresentação no Morumbi, a expulsão do jogador foi a cereja no bolo vermelho. Quando o árbitro ergueu o cartão vermelho, eu já sabia que aquela era a última das linhas que restavam para ligar 2010 com 2006. Há quatro anos, Tinga também retirado de campo após marcar um gol e levantar a camisa. Nesta quinta-feira, nova expulsão.
Enfim, o Inter estará novamente brigando por um título mundial em dezembro. Contudo, de nada valerá se o caneco sul-americano não parar no armário do Beira- Rio. Imagine se os comandados de Celso Roth chegarem à Abu Dhabi com uma medalha de prata e forem derrotados pela Inter de Milão (ou pior, pelo Pachuca)! Portanto, antes de viajar, é necessário superar o Chivas Guadalajara.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
A vingança nunca é plena...
Foto: Wagner Carmo (Vipcomm)
Quais foram as últimas grandes conquistas do Internacional? Mundial, Libertadores, Recopa e Sul-Amerciana. De 2006 para cá, o clube da beira do rio Guaíba acostumou o seu torcedor, que vivia das memórias da década de 70, a viver grandes decisões. A partir de então, grandes titãs do futebol passaram a frequentar o estádio Beira-Rio. Muitos deles acabaram sucumbindo em território gaúcho e, por isso, voltaram em 2010 dispostos a vingar antigas eliminações.
O primeiro foi o Emelec. Surrado por 3 a 0 na Libertadores de 2007, por Alexandre Pato e companhia, os equatorianos queriam escrever uma nova história em Porto Alegre. Nada feito! Foram vencidos de virada por 2 a 1 na estreia vermelha deste ano. Depois, foi a vez do Estudiantes reviver a perda do título da Copa Sul-Americana. Porém, o gol de Nilmar na prorrogação de 2008 foi trocado por um de Giuliano, nos acréscimos. Verón e seus companheiros caíram mais uma vez diante do Inter. Agora, é a vez do São Paulo levantar a voz. Rogério Ceni diz que não consegue esquecer a falha no Beira-Rio, em 2006. E, nas mesmas proporções, poderá eliminar o Colorado e carimbar uma passagem para o Mundial dos Emirados Árabes. Será que vai conseguir?
Algo me diz que o Tricolor Paulista será apenas mais uma vítima da vingança. Com sangue nos olhos, os são-paulinos irão sucumbir de novo diante do Inter. E o principal sinal de que isso irá ocorrer é porque, lá em Abu Dhabi, outros dois clubes esperam sedentos pelo Internacional. O Pachuca, classificado pela Concacaf, não esqueceu a derrota na decisão da Recopa, em 2007. E aí, para fechar com chave de ouro, a Internazionale de Milão terá a chance de reviver a Copa Dubai de 2008, quando foi surpreendida no mesmo território pelos colorados. Portanto, 2010 pode ser o ano de reafirmação do Sport Club Internacional. Já que, como diz a clássica frase de Seu Madruga, "a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena".
O primeiro foi o Emelec. Surrado por 3 a 0 na Libertadores de 2007, por Alexandre Pato e companhia, os equatorianos queriam escrever uma nova história em Porto Alegre. Nada feito! Foram vencidos de virada por 2 a 1 na estreia vermelha deste ano. Depois, foi a vez do Estudiantes reviver a perda do título da Copa Sul-Americana. Porém, o gol de Nilmar na prorrogação de 2008 foi trocado por um de Giuliano, nos acréscimos. Verón e seus companheiros caíram mais uma vez diante do Inter. Agora, é a vez do São Paulo levantar a voz. Rogério Ceni diz que não consegue esquecer a falha no Beira-Rio, em 2006. E, nas mesmas proporções, poderá eliminar o Colorado e carimbar uma passagem para o Mundial dos Emirados Árabes. Será que vai conseguir?
Algo me diz que o Tricolor Paulista será apenas mais uma vítima da vingança. Com sangue nos olhos, os são-paulinos irão sucumbir de novo diante do Inter. E o principal sinal de que isso irá ocorrer é porque, lá em Abu Dhabi, outros dois clubes esperam sedentos pelo Internacional. O Pachuca, classificado pela Concacaf, não esqueceu a derrota na decisão da Recopa, em 2007. E aí, para fechar com chave de ouro, a Internazionale de Milão terá a chance de reviver a Copa Dubai de 2008, quando foi surpreendida no mesmo território pelos colorados. Portanto, 2010 pode ser o ano de reafirmação do Sport Club Internacional. Já que, como diz a clássica frase de Seu Madruga, "a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena".
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Mexicanos no caminho de Pato
Chamou-me a atenção essa questão do Chivas, mesmo campeão da Libertadores, não poder disputar o Mundial Interclubes no fim do ano. Se não pode, porque a Conmebol insiste em chamar os mexicanos para participar? Eles que disputem a Liga da Concacaf e pronto! E o pior de tudo é que essa situação, que pode causar um certo constrangimento ao vice-campeão futuramente, não é inédita. Em 2001, o Cruz Azul também alcançou a finalíssima ao eliminar o Rosário Central, nas semifinais, e chegou para disputar o título com o Boca Juniors - que mesmo se fosse derrotado, já sabia que enfrentaria o Bayern de Munique em dezembro, no Japão. Para a sorte dos argentinos, o clube acabou superando os mexicanos e, enfim, conquistou pela quarta vez o título da América.
Porém, quem pode ver o quadro se repetir neste ano é Roberto Carlos Abbondanzieri - ou simplesmente "Pato". O goleiro colorado fez parte do grupo campeão em 2001 e, na época, era reserva do colombiano Córdoba. Ou seja, poderá, mais uma vez com visão privilegiada, vislumbrar uma façanha mexicana. Sentado sob a casamata do Beira-Rio, Abbondanzieri espera reviver o passado "xeneize" e, particularmente, conquistar sua quarta Libertadores. Só que a torcida gaúcha poderia pedir para não sofrer tanto, como sofreu a argentina. Contra o Cruz Azul, há nove anos, o Boca foi vencer somente nos pênaltis, pois perdeu na Bombonera por 1 a 0 (mesmo placar em que venceu no México).
Ah, e antes que digam que estou forçando a barra, nesta quinta-feira, Pato também pode repetir outro feito: eliminar uma equipe paulista. Também na campanha de 2001, nesta mesma fase de semifinal, o arqueiro assistiu o seu Boca superar o Palmeiras - então treinado por Celso Roth - na capital paulista. Portanto, nunca duvide da estrela de Abbondanzieri - desde que ele esteja no banco de suplentes!
Porém, quem pode ver o quadro se repetir neste ano é Roberto Carlos Abbondanzieri - ou simplesmente "Pato". O goleiro colorado fez parte do grupo campeão em 2001 e, na época, era reserva do colombiano Córdoba. Ou seja, poderá, mais uma vez com visão privilegiada, vislumbrar uma façanha mexicana. Sentado sob a casamata do Beira-Rio, Abbondanzieri espera reviver o passado "xeneize" e, particularmente, conquistar sua quarta Libertadores. Só que a torcida gaúcha poderia pedir para não sofrer tanto, como sofreu a argentina. Contra o Cruz Azul, há nove anos, o Boca foi vencer somente nos pênaltis, pois perdeu na Bombonera por 1 a 0 (mesmo placar em que venceu no México).
Ah, e antes que digam que estou forçando a barra, nesta quinta-feira, Pato também pode repetir outro feito: eliminar uma equipe paulista. Também na campanha de 2001, nesta mesma fase de semifinal, o arqueiro assistiu o seu Boca superar o Palmeiras - então treinado por Celso Roth - na capital paulista. Portanto, nunca duvide da estrela de Abbondanzieri - desde que ele esteja no banco de suplentes!
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Os santos estão a favor
Foram várias as coincidências listadas até agora entre as campanhas do Inter na Libertadores de 2006 e deste ano. Vice-campeonato brasileiro no ano anterior, vitória de 5 a 1 contra o Esportivo de Bento Gonçalves na pré-temporada, Copa do Mundo com o Brasil eliminado nas quartas-de-final e primeiro gol sendo marcado por um lateral-direito. Agora, pensei em mais uma e posso decretar: os santos estão a favor do Colorado!
Digo isso porque o Internacional, depois de enfrentar o São Paulo nesta quinta-feira, deverá rumar para a Vila Belmiro no final de semana, onde encara o Santos pelo Brasileirão. Bom, para quem não lembra, há quatro anos, a tabela do Campeonato Nacional fez justamente isso: colocou Inter e Santos frente a frente às vésperas do primeiro jogo da decisão da Libertadores. Naquela ocasião, o técnico Abel Braga enviou uma equipe repleta de reservas e foi derrotado por 2 a 1, de virada. Wendell anotou os dois gols santistas, enquanto Paulo César Tinga fez para os gaúchos. Depois disso, o Inter dormiu em Santos, para fugir de possíveis foguetórios na capital paulista, e rumou para o Morumbi. O resto da história todo mundo já sabe - uma vitória e um empate, e o título da América. Agora, quatro anos depois, Santos e Inter se encontram, com a forte possibilidade dos vermelhos estarem disputando uma finalíssima de Libertadores novamente.
Apenas o misticismo não vai levar o Inter ao título sul-americano, mas bem que os colorados podem ir assistindo a Universidad do Chile e Chivas Guadalajara nesta terça-feira. Dali, sairá o adversário da grande final na próxima semana. Se não for assim, o São Paulo poderá ser o novo Olímpia na vida colorada. Será que os santos do futebol irão permitir?
Digo isso porque o Internacional, depois de enfrentar o São Paulo nesta quinta-feira, deverá rumar para a Vila Belmiro no final de semana, onde encara o Santos pelo Brasileirão. Bom, para quem não lembra, há quatro anos, a tabela do Campeonato Nacional fez justamente isso: colocou Inter e Santos frente a frente às vésperas do primeiro jogo da decisão da Libertadores. Naquela ocasião, o técnico Abel Braga enviou uma equipe repleta de reservas e foi derrotado por 2 a 1, de virada. Wendell anotou os dois gols santistas, enquanto Paulo César Tinga fez para os gaúchos. Depois disso, o Inter dormiu em Santos, para fugir de possíveis foguetórios na capital paulista, e rumou para o Morumbi. O resto da história todo mundo já sabe - uma vitória e um empate, e o título da América. Agora, quatro anos depois, Santos e Inter se encontram, com a forte possibilidade dos vermelhos estarem disputando uma finalíssima de Libertadores novamente.
Apenas o misticismo não vai levar o Inter ao título sul-americano, mas bem que os colorados podem ir assistindo a Universidad do Chile e Chivas Guadalajara nesta terça-feira. Dali, sairá o adversário da grande final na próxima semana. Se não for assim, o São Paulo poderá ser o novo Olímpia na vida colorada. Será que os santos do futebol irão permitir?
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Tricolor de ontem pode fazer o de hoje
Somente o Tricolor pode inspirar o Tricolor. Esta parece uma frase óbvia, considerando a evolução no futebol gremista nas duas últimas rodadas. Mas, sobre a recuperação do Grêmio no Brasileirão, quero trazer à pauta um outro clube: o Fluminense. Sim, o Tricolor Carioca pode servir de exemplo para o Tricolor Gaúcho. Em suas devidas proporções, é claro.
O zagueiro Ozeia não quis fazer a comparação entre o Grêmio de 2010 e o Fluminense de 2009, mas quero discordar dele. Acho que se os momentos não são iguais, são parecidos. O clube gaúcho não está no mesmo abismo que se encontrava o Flu no ano passado. Longe disso! Mas, assim como os cariocas, o time de Silas ocupa a zona do rebaixamento e vai aliar à fuga da Série B a disputa da Copa Sul-Americana. Os comandados de Cuca tinham tudo e mais um pouco para priorizar o Campeonato Nacional, esquecer o torneio continental, para segurar o Fluminense na primeira divisão. No entanto, decidiram lutar pelos dois certames ao mesmo tempo. E assim, aos trancos e barrancos (e muita raça!), conseguiram o milagre da permanência e chegaram à decisão da Sul-Americana. Só não conseguiram o título porque a queda na altitude de Quito - para a LDU de Jorge Fossati - foi maior que a vitória no Maracanã. Mas nem por isso os atletas deixaram de ser ovacionados pela torcida.
Por essas e outras, é sim um grande exemplo para o Grêmio. Então, quando estrear contra o Goiás, nesta quinta-feira, no Serra Dourada, nada de pensar no Brasileirão. A briga tem de ser igual. Até porque, se realmente o time vem numa crescente como os jogadores dizem, que se ponha o clube no lugar onde merece. Quem sabe não comemoremos o segundo título gaúcho na Sul-Americana neste fim de ano? E a festa ficará ainda mais bonita se a Série B não for o destino em 2011.
O zagueiro Ozeia não quis fazer a comparação entre o Grêmio de 2010 e o Fluminense de 2009, mas quero discordar dele. Acho que se os momentos não são iguais, são parecidos. O clube gaúcho não está no mesmo abismo que se encontrava o Flu no ano passado. Longe disso! Mas, assim como os cariocas, o time de Silas ocupa a zona do rebaixamento e vai aliar à fuga da Série B a disputa da Copa Sul-Americana. Os comandados de Cuca tinham tudo e mais um pouco para priorizar o Campeonato Nacional, esquecer o torneio continental, para segurar o Fluminense na primeira divisão. No entanto, decidiram lutar pelos dois certames ao mesmo tempo. E assim, aos trancos e barrancos (e muita raça!), conseguiram o milagre da permanência e chegaram à decisão da Sul-Americana. Só não conseguiram o título porque a queda na altitude de Quito - para a LDU de Jorge Fossati - foi maior que a vitória no Maracanã. Mas nem por isso os atletas deixaram de ser ovacionados pela torcida.
Por essas e outras, é sim um grande exemplo para o Grêmio. Então, quando estrear contra o Goiás, nesta quinta-feira, no Serra Dourada, nada de pensar no Brasileirão. A briga tem de ser igual. Até porque, se realmente o time vem numa crescente como os jogadores dizem, que se ponha o clube no lugar onde merece. Quem sabe não comemoremos o segundo título gaúcho na Sul-Americana neste fim de ano? E a festa ficará ainda mais bonita se a Série B não for o destino em 2011.
domingo, 1 de agosto de 2010
Bom para os dois
Foto: Alexandre Lops (Site Inter)
Dentro do possível, o empate no Gre-Nal foi bom para os dois lados. Tanto Inter, como Grêmio, não podiam perder. Se vencessem, seria ótimo, mas o essencial era não entregar três pontos ao rival. No Tricolor, a crise poderia desencadear em uma demissão do técnico Silas. No Colorado, uma derrota poderia desestruturar a casa para enfrentar o São Paula, na quinta-feira, pela Libertadores. Portanto, ambas as equipes entraram para não perder - o que resultou no jogo truncado no meio-campo e no placar: 0 a 0.
Não é mentira se afirmarmos que o Grêmio foi melhor, ou foi quem chegou com mais perigo ao gol adversário. Assim como também é possível afirmar que o Inter dominou a bola com maior intensidade. Então, analisando desta maneira, entendemos o porquê do resultado final.
Terminado o jogo, os dirigentes gremistas acabaram reclamando da arbitragem, assim como alguns torcedores fizeram. Pediram penalidades em dois lances: Bruno Silva empurrando no primeiro tempo, e bola na mão de Sandro no segundo. Porém, pode se discutir o gol anulado de Everton, do Internacional. Tudo é questionável. Então, que se deixe como ficou no papel: 0 a 0. E a vida prossegue.
Não é mentira se afirmarmos que o Grêmio foi melhor, ou foi quem chegou com mais perigo ao gol adversário. Assim como também é possível afirmar que o Inter dominou a bola com maior intensidade. Então, analisando desta maneira, entendemos o porquê do resultado final.
Terminado o jogo, os dirigentes gremistas acabaram reclamando da arbitragem, assim como alguns torcedores fizeram. Pediram penalidades em dois lances: Bruno Silva empurrando no primeiro tempo, e bola na mão de Sandro no segundo. Porém, pode se discutir o gol anulado de Everton, do Internacional. Tudo é questionável. Então, que se deixe como ficou no papel: 0 a 0. E a vida prossegue.
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