Foto: Jefferson Bottega (Clicesportes)
Renato Portaluppi não é um estategista magnífico. Suas equipes refletem aquilo que ele foi dentro de campo: raçudo e talentoso. E a prova disso é o Fluminense que treinou em 2008, que desbancou Boca Juniors e São Paulo para chegar à final da Libertadores da América. E justamente pensando neste treinador (e é claro, também no ídolo que marcou os dois gols contra o Hamburgo em 1983), que o Grêmio foi atrás dele no Bahia. Porém, arrisco dizer que pode ter sido tarde demais. E a prova disso foi a derrota de 2 a 0 nesta quinta, para o Goiás, em pleno estádio Olímpico. Depois de oito meses, e sonhos com o título da Sul-Americana e Copa do Brasil, só resta ao clube Tricolor brigar contra o rebaixamento no Brasileirão.
Se tivesse desembarcado em Porto Alegre há um ano, como queria o presidente Duda Kroeff, a trajetória de Renato na casamata gremista poderia ser mais brilhante. Quando Celso Roth deixou o clube em meio à Libertadores de 2009, não havia terra arrasada como agora. Muito pelo contrário, o ânimo em ver o eterno camisa 7 comandando o Tricolor na competição mais importante das Américas poderia ter sido o combustível que faltou contra o Cruzeiro. Porém, não foi assim que a história se escreveu.
Neste agosto de 2010, resta ao Grêmio de Renato ressucitar das profundezas da tabela de classificação. Praticamente não há quem fale em título no estádio Olímpico. E o problema é que, quando o assunto foi rebaixamento, Portaluppi não foi o comandante mais indicado. Em tiros curtos, como Copa do Brasil, o técnico mostrou seu valor. No entanto, há dois descensos na história do futebol brasileiro que levam o carimbo do comandante: Fluminense em 1996 (depois com virada de mesa) e Vasco em 2008. Sendo assim, a situação é tão desesperadora no Grêmio que nem o maior ídolo da massa azul pode salvar. Tomara que seja a exceção.
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