quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Mexicanos no caminho de Pato

Chamou-me a atenção essa questão do Chivas, mesmo campeão da Libertadores, não poder disputar o Mundial Interclubes no fim do ano. Se não pode, porque a Conmebol insiste em chamar os mexicanos para participar? Eles que disputem a Liga da Concacaf e pronto! E o pior de tudo é que essa situação, que pode causar um certo constrangimento ao vice-campeão futuramente, não é inédita. Em 2001, o Cruz Azul também alcançou a finalíssima ao eliminar o Rosário Central, nas semifinais, e chegou para disputar o título com o Boca Juniors - que mesmo se fosse derrotado, já sabia que enfrentaria o Bayern de Munique em dezembro, no Japão. Para a sorte dos argentinos, o clube acabou superando os mexicanos e, enfim, conquistou pela quarta vez o título da América.

Porém, quem pode ver o quadro se repetir neste ano é Roberto Carlos Abbondanzieri - ou simplesmente "Pato". O goleiro colorado fez parte do grupo campeão em 2001 e, na época, era reserva do colombiano Córdoba. Ou seja, poderá, mais uma vez com visão privilegiada, vislumbrar uma façanha mexicana. Sentado sob a casamata do Beira-Rio, Abbondanzieri espera reviver o passado "xeneize" e, particularmente, conquistar sua quarta Libertadores. Só que a torcida gaúcha poderia pedir para não sofrer tanto, como sofreu a argentina. Contra o Cruz Azul, há nove anos, o Boca foi vencer somente nos pênaltis, pois perdeu na Bombonera por 1 a 0 (mesmo placar em que venceu no México).

Ah, e antes que digam que estou forçando a barra, nesta quinta-feira, Pato também pode repetir outro feito: eliminar uma equipe paulista. Também na campanha de 2001, nesta mesma fase de semifinal, o arqueiro assistiu o seu Boca superar o Palmeiras - então treinado por Celso Roth - na capital paulista. Portanto, nunca duvide da estrela de Abbondanzieri - desde que ele esteja no banco de suplentes!

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