Tudo leva a crer que o Inter será bicampeão da América nesta noite de quarta-feira. A expriência do elenco, a qualidade dos jogadores e a vantagem adquirida no México fazem com que a torcida exploda de emoção antes do apito inicial. No entanto, a cautela é essencial. A história da Libertadores nos faz assim. Ou alguém acreditava que o São Caetano fosse perder para o Olímpia depois de ter vencido no Paraguai?
Aliás, falar no Olímpia é decepcionante para alguns colorados. Principalmente para aqueles que viveram a versão paraguaia do "Maracanazo" em 1989. Depois de ter vencido em Assunção, os comandados de Abel Braga vieram ser derrotados dentro de casa e, em um Beira-Rio lotado, foram desclassificados nas penalidades. Já o Cruz Azul, conterrâneo deste Chivas que enfrenta o Inter hoje, quase pregou uma peça no temível Boca Juniors. Em 2001, os mexicanos perderam em casa e devolveram o placar na Bombonera. Fizeram os argentinos suar a camiseta nas cobranças de pênalti, depois de terem se considerado campeões por antecedência. Não precisamos nem ir muito longe! O Cruzeiro, no ano passado, arrancou um empate em 0 a 0 com o Estudiantes, em La Plata, e chegou a Belo Horizonte pensando em como marcaria Messi no final do ano (foto). Pois foram os hermanos que se classificaram para enfrentar o Barcelona em Abu Dhabi após uma vitória em pleno Mineirão.
A própria história do Inter não nos deixa relaxar. O já citado Olímpia, o vice do Brasileirão para o Bahia em 1988, a goleada para o Juventude na Copa do Brasil e tantas outras decepções que ficaram alojadas na lembrança da torcida vermelha não permitem um relaxamento maior. É bem verdade que o presente do Colorado é muito mais vitorioso do que estes exemplos elucidados. Porém, a cautela é natural. Agora, terminado o jogo desta noite, após o erguimento da taça pelo capitão Bolívar, os colorados podem comemorar efusivamente. Enfim, estará marcada mais uma estrela no currículo do clube.
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