Não precisa nem explicar por que Renato Portaluppi é ídolo no Grêmio. É uma história que reconta ainda o surgimento dele nas categorias de base e todo o caminho rumo ao título mundial na década de 80. No entanto, no museu do Fluminense (rival gremista nesta noite de quinta-feira), ele não fica tão atrás. Foi com a camisa do clube carioca que ele recebeu o título de "Rei do Rio". Quando garantiu a vitória de 3 a 2 em cima do Flamengo com um gol de barriga (foto), e a taça de campeão estadual de 1995 ao clube das Laranjeiras, foi coroado pela imprensa. Venceu uma disputa pessoal com Túlio e Romário. Depois disso, em 2007, ainda voltaria como técnico para dar a primeira Copa do Brasil da história. Por isso, como canta o hino fluminense, Renato pode se dizer "tricolor de coração" realmente.
Mesmo assim, Renato nunca deixou para trás o passado no estádio Olímpico. E os cariocas sabem disso, tanto que ocultaram o sobrenome Portaluppi para agregar o apelido. No Rio de Janeiro, ele é Renato Gaúcho! Por isso, não será nenhuma traição se o comandante ordenar que seus soldados vençam nesta noite em pleno Engenhão. Afinal de contas, Renato nem sempre vestiu as cores do Tricolor Carioca. Lá mesmo, em território fluminense, já trajou o rubro-negro do Flamengo e o alvinegro do Botafogo. Também já ostentou a cruz de malta do Vasco da Gama - mas isso como treinador. Aliás, foi neste período que Renato encontrou a principal pérola do atual elenco do Fluminense. Darío Conca chegou ao estádio de São Januário pelas mãos do gaúcho e, posteriormente, foi levado para o clube tricolor, assim que o técnico acertou sua transferência.
A partir de então, está traçado o plano gremista para esta rodada: parar Conca. Se Portaluppi foi o responsável por fazer o gringo jogar tanta bola, terá a tarefa de fazê-lo parar pelo menos por 90 minutos. Dos pés do argentino nascem os gols do Fluminense. Será a briga do criador contra a criatura.
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