sábado, 30 de outubro de 2010

Abraçados na beira do rio

Foto: Alexandre Lops

Além dos campeonatos estaduais, no primeiro semestre de cada ano, dois certames mobilizam os grandes clubes brasileiros: a Copa do Brasil e a Libertadores da América. Pois em 2010, os campeões foram Santos e Internacional, respectivamente. Desta maneira, apenas eles podem se gabar por estarem garantidos no principal torneio sul-americano. Poderiam enfiar o pé no freio - ninguém se colocaria contra. Apesar disso, ambos decidiram continuar brigando pelo título do Brasileirão. E, quis o destino que eles se encontrassem neste sábado. Quem vencesse, se lançaria de cabeça no topo da tabela, obrigando o adversário a pensar somente em 2011. Mas o resultado foi ruim para os dois. No placar, 1 a 1; e oito pontos atrás dos líderes do campeonato. Ou seja, Santos e Inter morreram abraçados na beira da praia - ou melhor, do Rio Guaíba.

Ao contrário dos dois, Fluminense e Cruzeiro venceram seus compromissos nesta semana. Por isso, acabaram tirando oito pontos de diferença na tabela. E convenhamos, diminuir esta vantagem em seis rodadas fica cada vez mais difícil. É como desarmar uma bomba em contagem regressiva! O torcedor santista ou colorado também é exigente demais. Não bastaram as taças conquistadas no início e meio do ano? Aos gaúchos, por exemplo, ainda há a perspectiva de um Mundial Interclubes. Mas a promessa da diretoria foi brigar até o último minuto pelo Campeonato Brasileiro. E assim se explica a cobrança por resultados melhores.

Aliás, ainda falando sobre o Mundial, o que mais preocupa o torcedor vermelho nem é a perda iminente do Brasileirão. O grande problema é o desempenho do time comandado por Celso Roth. Desde as saídas de Taison e Sandro, não foi encontrada uma mecânica de jogo. O sistema 4-2-3-1 parece não ser o mais adequado como antes. O goleiro Renan e o centroavante Alecsandro irritam o torcedor. Uma irritação que se transforma em medo, quando vem à mente a lembrança de uma tal Internazionale de Milão. Pois bem, não resta outra alternativa senão encarar o Brasileiro como treino de luxo a partir de agora. E até para isso os colorados têm a torcida do arquirrival. Também sem chances de título, o Grêmio mira o G-4 e conta com a contribuição dos colorados para chegar lá. Será que vai ter uma mãozinha?

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