Foto: gremio1983.blogspot.com
Há alguns dias, Renato Portaluppi indicou os cinco melhores jogadores do Brasileirão. Darío Conca, do Fluminense; Douglas, do Grêmio; e D'Alessandro, do Internacional, eram alguns dos nomes que apareceram na lista do comandante gremista. Mas e se ele tivesse que anunciar os cinco melhores treinadores do Brasil, quais nomes apareceriam? Será que ele estaria lá? Muito provavelmente sim, pois há informações de que ele teria pedido o quarto maior salário do país para permanecer no clube em 2011. A nova direção, de Paulo Odone, acenou com R$ 360 mil - um aumento considerável aos R$ 275 mil que recebe atualmente. Mas ele negou. Quer estar no patamar de Felipão, Muricy e Luxemburgo. Será que consegue?
Não tem como dizer que Portaluppi não merece um salário deste nível. Somente o fato de tirar o Tricolor do Z-4 para lançá-lo ao G-4 valeria a quantidade pedida. Porém, os cofres do clube não comportam tanto. A folha de pagamento deste ano foi enorme - a maior das últimas temporadas. Contratações como as de Douglas, Leandro e Paulo Paixão (além das renovações com Victor e Jonas) aumentaram consideravelmente a receita do estádio Olímpico. Sinceramente, acho que a diretoria só não bateu o martelo até agora, pois aguarda a classificação para a Libertadores da América. A presença de Renato na competição que ajudou a vencer em 1983 somente traria benefícios ao clube. No entanto, mais um ano com Copa do Brasil poderia causar estragos na poupança tricolor. E qual o jeito para manter o ídolo sob a casamata?
Recentemente, Santos, Corinthians e Flamengo se utilizaram de publicidade para repatriar grandes ídolos. Robinho e Neymar, Ronaldo e Adriano só ficaram nestes clubes com a contribuição de patrocinadores fortes. Mas tudo isso apenas é a adaptação de uma campanha antiga, promovida pelo próprio Grêmio. Em 1995, após conquistar a América, o Imortal sofria a ameaça de perder o artilheiro Jardel. Emprestado pelo Vasco da Gama, o goleador estava prestes a ser repassado ao Verdy Tokyo, do Japão. Pois Fábio Koff inventou o "Fica Jardel", onde os torcedores podiam contribuir com dinheiro do próprio bolso para pagar a conta (foto). Foi o bastante para bancar 10% do passe de Jardel, que permaneceu por mais alguns meses, disputando o Mundial Interclubes contra o Ajax, no final daquele ano. Posteriormente, seria vendido ao Porto, de Lisboa, deixando o torcedor órfão até hoje. Mesmo assim, ninguém esquece da vez em que a torcida pagou a conta. Será que não está na hora do "Fica Renato"?
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