Foto: Arquivo Vipcomm
"O cavalo encilhado não passa duas vezes" - é o que diz um ditado gauchesco. Porém, no Brasileirão, o cavalo passou encilhado diversas vezes para a dupla Gre-Nal. O campeonato deste ano está parelho como nunca se viu. O Inter, por exemplo, não vence há quatro jogos e, nem por isso, ficou de fora da briga pelo título nacional. Já o Grêmio, que agonizava na zona do rebaixamento, escala rumo ao G-4 rodada após rodada. É bem verdade que os próprios clubes gaúchos não vem se ajudando nas últimas rodadas. Porém, os tropeços dos de cima também contribuem para a continuação dos sonhos. Mas esta quarta-feira será decisiva para as pretensões das equipes.
Assim como o Dia D na Segunda Guerra Mundial (onde as tropas aliadas desembarcaram na Normandia), o Fluminense desce na beira do Rio Guaíba neste início de noite. Não é todo dia que se tem o inimigo direto dentro de casa. É a grande chance para o Colorado arrancar a liderança dos cariocas. É verdade que estará entregando de bandeja para o Cruzeiro, mas, por consequência, ganha uma sobrevida no certame. Do contrário, uma derrota - ou até mesmo novo empate - enterra de vez as chances de tetracampeonato. A partir de então, o Beira-Rio só servirá de palco para o show do Paul McCartney e para treinamentos que visam o Mundial Interclubes de Abu Dhabi.
E quem pensa que a situação do Grêmio é mais tranquila, se engana. Atualmente, quatro pontos separam o Tricolor do Botafogo, quarto colocado. A distância ainda pula para sete pontos se considerarmos que apenas os três primeiros vão pra Libertadores do ano que vem. Por isso, apenas uma vitória diante do Goiás, no Serra Dourada, mantém o time de Renato Portaluppi na briga. E, claro, os goianos não venderão pontos de maneira barata; já que figuram na zona do rebaixamento há um bom tempo. Se os gremistas perderem o trem desta quarta-feira, talvez não exista outro. Nem amanhã de manhã.
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