quarta-feira, 8 de julho de 2009

Dente frouxo no barbante


Já não bastassem as quedas de Círio Quadros no Caxias e de Zé Teodoro no Juventude, há comentários de que, na dupla Gre-Nal, os comandantes também estejam por um fio. Aliás, "Balançou!", diria Sidney Kwecho sobre a atual situação dos treinadores Tite e Autuori.

Até que para o técnico gremista a situação é um pouco mais confortável. A pressão vem de fora para dentro. Há um certo ranço por parte de torcedores (principalmente aqueles que compõem a Geral) com a diretoria gremista. E tudo o que provém dos diretores, mesmo que de forma indireta, é levado como se fosse uma afronta pelos torcedores tricolores. E, para quem não lembra mais, o atual comandante, Paulo Autuori, faz parte de uma decisão tomada por Kroeff e Cia. Quando Roth foi excomungado do estádio Olímpico, o grito unísono era por Renato Portaluppi. A diretoria peitou a situação, bancou alguns dias de espera, e trouxe o gentleman lá das Arábias, por um salário de xeique. Até agora, nada se viu de diferente do trabalho do Celso Juarez Roth. Muito pelo contrário, o introsamento da equipe, que era o forte do time gremista, foi por água abaixo quando mudou-se o esquema tático para o 4-4-2. Até mesmo a dupla de ataque que atuou nas últimas duas partidas - Máxi López e Herrera - foi uma vitória no grito por parte da arquibancada. Por isso, quem irá dizer que Autuori não poderá cair do comando azul?

Pois, se no estádio Olímpico são apenas hipóteses, no Beira-Rio o sinal está literalmente vermelho. E pode-se dizer que o futuro do técnico Tite passa por esta quinta-feira. Quando o Inter entrar no estádio Casa Blanca, no Equador, para enfrentar a LDU, estará marchando para Auschwitz. A mira do rifle estará apontada para a fonte do treinador. Uma derrota significará uma eliminação da Recopa. A perda do título da Recopa significará o segundo vice-campeonato consecutivo. Aí, meu amigo, nem o mais otimista torcedor gosta de ver o seu time do coração ostentar duas medalhas de prata em menos de um mês.

Toda essa situação me lembra a infância, quando se atava a ponta de um barbante no dente frouxo e outro na porta do guarda-roupas. Esta pode ser a realidade do técnico Tite no Internacional. Será que os equatorianos serão o barbante? Bom, só o vice de futebol Fernando Carvalho poderá responder.

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