terça-feira, 14 de julho de 2009

Mato sem cachorro


Nesta quarta-feira a dupla Gre-Nal entrará em campo mais uma vez. O Inter tentará se reabilitar diante do Fluminense, enquanto o Grêmio tenta manter a boa fase contra o Coritiba. No entanto, um fator chama a atenção. Mesmo que em momentos distintos, vermelhos e azuis terão que enfrentar a mesma missão para somar pontos pela 11ª rodada do Brasileirão: a armação das jogadas.

Na Azenha, não há como desmentir que a principal preocupação já é o clássico de domingo. Mesmo que o técnico Paulo Autuori não queira responder questões sobre o arquirrival, o Olímpico já cheira à Gre-Nal. Isso porque esta será a quarta partida deste ano e, como se sabe, nos outros três enfrentamentos os colorados levaram a melhor. Por isso é quase lei que a vitória venha desta vez. Tanto é que Souza forçou o terceiro cartão amarelo contra o Corinthians, justamente para se resguardar para o Gre-Nal. O mesmo motivo leva Máxi, Herrera e Réver - todos pendurados com dois amarelos - a sequer viajar para a capital paranaense nesta quarta. Contudo, o que não se disse até agora, é que o Grêmio não atuará, contra o Coxa, sem seu principal articulador de jogadas. O meia Souza está de fora, quem jogará é o garoto Maylson. E se pararmos para pensar nos jogos em que o camisa 8 tricolor não esteve em campo, dá para temer pelo pior. Aqui vai uma mãozinha à sua lembrança: derrota de 4 a 0 para o Caxias e empate em 2 a 2 contra o Goiás dentro de casa.

Pois se os gremistas devem temer pela precariedade da armação das suas jogadas, do Internacional eu não deveria nem falar. Após a suspensão de D'Alessandro por 60 dias, não há outra pessoa a se recorrer senão Andrezinho. É bem verdade que o carioca atuou por quase todo o Campeonato Gaúcho e não deixou a desejar. Porém, ganhar do Brasil de Pelotas não tem a mesma importância do que ganhar do Fluminense do Rio de Janeiro (e aqui não vai nenhum demérito aos pelotenses). Realmente as dificuldades encontradas por Andrezinho no segundo semestre são muito maiores. Prova disso são as fracas atuações contra Flamengo, LDU e Atlético-PR. Porém, há aqueles que defendam que do jeito que o argentino vinha atuando,
é melhor colocar até mesmo o Giuliano de titular. Tudo isso porque temos a mania de sempre achar que quem está de fora é melhor que quem está jogando. Isso já aconteceu com Fernandão, Alexandre Pato e até mesmo Alex. O D'Alessandro não será o primeiro a ter o futebol questionado no Beira-Rio, e nem será o último.

É, meus amigos sul-riograndenses, realmente a armação das jogadas poderá ser o grande problema da dupla nesta quarta-feira. Não me venham dizer que eu não avisei depois.

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