domingo, 5 de julho de 2009

Humildade Futebol Clube


Meu amigo, terminados os sonhos do bi da Copa do Brasil e do tri da América, não consigo pensar noutra coisa senão na humildade. Sim, exato! A soberba e o estrelismo nunca ganharam campeonato (a não ser em 2005, com uma mãozinha iraniana). E analisando os resultados desta semana, as decepções de gremistas e colorados, cheguei à conclusão de que não há espaço para medalhões no futebol atual. É matar um leão por dia! É comer pelas beiradas! Por mais piegas que isso tudo pareça. Enchi o saco de "Nilmaradona", "D'Ale la Boba" e "Kléber trancinhas". Paulo "Gentleman" Autuori, "Showza" e "Máxi Jardelópez". Desde o início de 2009 se fala muito nestes termos. E no que deu tudo isso? Goleadas monumentais? Melhor campanha da Libertadores? Tchê, eu quero é ver faixa no peito e taça no armário. Quero colar pôsteres na parede!

Pois vou levar o jogo da quarta-feira como parâmetro. De um lado Tite (com uma Copa do Brasil nas costas), do outro Mano Menezes (com o bi da Série B recém saído do forno). De um lado do campo o Nilmaravilha - louco de vontade de fazer as malas para a Europa -, do outro, um gordo Ronaldo desacreditado e sedento por provar que ainda é o mesmo. Quem joga mais: Kléber ou André Santos? Dunga respondeu isso recentemente. Qual meio-campista você já viu estampar capas de jornais europeus: D'Alessandro ou Elias? Caro leitor, isso só demonstra o que o estrelismo faz. Ou melhor, traz. Um conformismo, um derrotismo antecipado. Ou será que devo lembrar-te quem foram os jogadores que levantaram a América e o Mundo para os colorados em 2006? Ceará, Wellington Monteiro, Alex, Fernandão e Gabirú só viraram o que são graças à humildade e o trabalho focado.

Pois na quinta-feira não foi diferente. Um treinador cínico, pseudo-educado e "hiper campeão" inventando desculpas pela eliminação de seu time. E um estudioso, aplicado e HUMILDE ex-atleta comemorando a vaga na final da Libertadores da América. O sonho gremista ia tão bem quando Rospide frequentava o vestiário do Olímpico, mas foi só Autuori pisar na Calçada da Fama da Azenha para que a discórdia tomasse conta e a sorte abandonasse o Foot-Ball Porto-Alegrense - juntamente com Ruy Cabeção. E se alguém ousa insistir que a simplicidade não forma campeões, eu cito alguns nomes: Johnattan, Marquinhos Paraná, Gerson Magrão e Wellington Paulista estão na decisão sul-americana (quem eram eles ontem?).

Primo pela humildade por que vejo o modo como o tombo é grande para os favoritos. E aqui eu passaria a noite citando exemplos - Corinthians pós MSI, Grêmio no ano do Centenário, Fluminense com Renato Gaúcho e Inter pós Mundial Interclubes. Enfim, para o bem dos clubes sul-riograndenses, fim da linha para os "estrelismos". Por Favor!

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