Foto: Reuters
Não concordo com a máxima de que, a partir de agora, o Santos de Neymar e cia. seja o Brasil na Libertadores. Santos é Santos e pronto! Mas de tanto ouvir esta sentença, até aceito que alguns torcedores se solidarizem e acabem torcendo para os “meninos da Vila”. Mas não consigo conceber que nós, gaúchos, torçamos para o clube paulista. Ainda mais depois de passar os olhos pela rodada da competição continental. Era para estarmos totalmente envolvidos com o Gre-Nal das Américas. Do contrário, somos obrigados a engolir Peñarol e Universidad Católica (foto).
Se Internacional e Grêmio não tivessem sucumbido em casa para os adversários, estaríamos vivendo um dos maiores cruzamentos da história do Rio Grande do Sul. Na noite desta quarta-feira, por exemplo, o Estádio Olímpico teria explodido como um vulcão em erupção. Teríamos quatro Gre-Nais em seqüência. Dois pela final do Gauchão, dois pelas quartas de final da Libertadores. Que outro povo poderia vibrar mais que nós?
Somente os espanhóis, que há duas semanas viveram quatro clássicos com Real Madrid e Barcelona - por Copa do Rei e Liga dos Campeões -, tiveram tamanha sensação. Aliás, até nisso o enfrentamento europeu foi perfeito. Enquanto os madrilenos comemoraram o título nacional, os catalães carimbaram a passagem à final do torneio continental. Mas nós, os gaúchos, preferimos ficar em nosso quintal. Depois do domingo passado, no Beira-Rio, teremos de esperar até o próximo final de semana pelo segundo duelo. E, claro, quem levantar a taça, vai comemorar como se fosse Copa do Mundo. Mas que esta quarta-feira nos deixou uma mágoa no peito, isso é inegável!
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