segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Com o Oscar nas mãos

Por muitos, inclusive por mim, Charles Chaplin é considerado o grande gênio do cinema mundial. Entretanto, está entre as figuras mais injustiçadas da história. Em uma época de neurose comunista, os Estados Unidos resolveram expulsá-lo de seu território. Foi aí que o ator/diretor inglês, aos 63 anos, deixava Nova York para morar na Suíça. Viria a se reconciliar com os norte-americanos muito tempo depois, já com 83 anos, em 1972, ao receber um Oscar homenageando o brilhantismo de sua carreira. Enfim, um reconhecimento tardio.

E este é um dos problemas das equipes de futebol: o reconhecimento tardio. Veja o São Paulo, por exemplo. Tinha Oscar em sua categoria de base e relutava em lançá-lo ao mundo. Preferia apostar noutros meias, antes de colocá-lo em campo. Até que o Inter acenou com a possibilidade de tê-lo, o garoto correu para o Beira-Rio e, de uma vez por todas, mostrou sua técnica. Neste início de 2012, então, tem sido o grande nome da equipe montada por Dorival Júnior. E, justamente agora, o Tricolor do Morumbi deseja tê-lo de volta? Parece piada, mas, como nos filmes de Chaplin, o humor tem um fundo de drama, já que a situação parou na justiça trabalhista.

Oscar simplesmente brigou pelo seu direito de trabalho. Além disso, ao que parece, teria acionado o São Paulo por atraso do FGTS. Não queria mais ficar por lá! Ainda vejo alguns acusando o Colorado de “mão grande” ou “pirataria”. Nada disso, trata-se de agilidade na briga entre clubes-empresa. O futebol agora é assim, fazer o quê?! Veja o caso de Felipe Nunes, este rapazinho que o Grêmio trouxe do Independente de Limeira. Os paulistas ainda estão na bronca pela maneira como ele veio parar em Porto Alegre. Dormiram no ponto, amigos. Agora, se Nunes não receber suas chances no Olímpico, terá todo o direito do mundo em procurar outro local de trabalho. Será que Caio Júnior o deixará exercer sua profissão? Fica a dica.

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