Quem chega hoje a Porto Alegre, visita o Beira-Rio e lê placas de marketing anunciando: “A Copa do Mundo é nossa!”. Mal sabem os desavisados o atraso que andam as obras e o imbróglio que se tem só para assinar o contrato. Mas sou otimista e quero crer que a Copa será mais uma vez nossa, dos gaúchos. Sim, mais uma vez! Ou esquece-te que a Capital foi sede também em 1950? Lá, bem longe da Andrade Gutierrez existir, nos finados Eucaliptos.
Pois nesta sexta-feira este capítulo da história começou a ser virado. As arquibancadas do velho estádio começaram a virar pó e em breve darão lugar a um prédio luxuoso. O único testemunho de que a Copa pode ser bem desenvolvida em Porto Alegre se foi. O palco do mexicanos, suíços e iugoslavos. Foi o pano de fundo para o Rolo Compressor da década de 40.
E este sentimento que os mais antigos colorados matam no peito agora, os gremistas irão viver no final do ano. Qual tricolor não irá chorar a morte do Olímpico? Sei bem que se vai para uma Arena gigantesca e moderna, mas como abandonar o nascedouro de Renato, dos títulos nacionais, o símbolo da Era Felipão? Respeito o futuro e a tecnologia, estes imponentes, mas encho os olhos de lágrimas quando sou obrigado a me despedir do passado. Vão em paz, meus estádios!
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