Quando Caio Júnior foi apresentado pelo Grêmio como novo treinador, ainda em 2011, pressenti que o namoro não duraria muito. Enquanto Pelaipe e Odone falavam em time forte, com garra e arrastando a bunda no chão, o técnico citava o Barcelona como exemplo. Agora, beirando o terceiro mês de trabalho, sem os resultados esperados, apareceu a inevitável comparação com Vágner Mancini – demitido ainda invicto, em seis jogos. A desculpa dada pela direção foi a análise do desempenho, de um futebol muito alegre para o Tricolor.
A semelhança é grande, principalmente porque, na época, os “chefes” de Mancini eram os mesmos de Caio. Mas eles não são a mesma pessoa! Chega a ser uma injustiça com ambos. Ao mesmo tempo, Júnior desaba do Olímpico pela infeliz citação do Barça. Ele jamais conseguiria fazer de Douglas um Messi, por exemplo. E, antes que me digam algo, Marco Antônio definitivamente não é Xavi - só na “Barcelusa” talvez. Ou seja, Caio também não seria Pep Guardiola. Tudo não passou de um conto de fadas, mas a carruagem virou abóbora muito antes da meia-noite.
Então, concretizando-se a demissão de Caio Júnior, quem comanda o time no Gre-Nal será Roger Machado, o mesmo multicampeão da Era Felipão. E, aí sim, podemos comparar a Guardiola. Calma, não quero dizer com isso que o ex-lateral transformará Porto Alegre na Catalunha. Simplesmente me apego à história dos dois profissionais: ambos iniciaram nos clubes, conhecem desde o pórtico de entrada ao portão dos fundos e Roger pode devolver a ‘cara’ que o torcedor acredita ter, assim como o espanhol fez por aquelas bandas. O interino pode ser efetivado, sim! Vai dar certo? Não sei, mas vale a pena tentar. Melhor do que gastar zilhões no ultrapassado Vanderlei Luxemburgo.
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