domingo, 19 de fevereiro de 2012

Os opostos sempre vão se atrair


A frase “os opostos se atraem” foi criada para iludir os apaixonados de que, por mais que tentem mudar seu amado, jamais o conseguirão. Enfim, é a lei do comodismo. Agora, quando o assunto é futebol, acredite, ela é lei universal. Os opostos sempre vão se atrair! Ainda mais aqui no Rio Grande do Sul, neste mundo tão bipolarizado. Podíamos ter oito cruzamentos diferentes nas quartas de final da Taça Piratini, mas não, o ímã Gre-Nal resolveu juntar os dois maiores rivais justo na primeira fase – para desespero geral da Nação!

Digamos que nem colorados ou tricolores queriam um enfrentamento agora. São José ou Pelotas sequer têm culpa por ocasionar o duelo neste momento, foram meros coadjuvantes nesta correnteza. Por mais que se tenha lutado, era quase certeiro que ambos iriam se encontrar. Até hoje não entendo como não tivemos um Gre-Nal pela Libertadores – é a única competição em que o jogo relutou em não acontecer. No Gauchão, porém, era questão de tempo para saber a data da partida. Aconteceu, agora é aguentar as consequências que virão para o perdedor.

Só não me venha com esta de negar o favoritismo. Até os tijolos do Beira-Rio e da Arena sabem que o Inter chega mais forte ao clássico. O time mostrou melhor futebol, vai jogar em casa e, da última vez que disputou um “derby”, colocou os reservas no Olímpico e mesmo assim arrancou um empate. Por tudo isso, o vermelho tende a se sobrepor sobre o azul na Quarta-Feira de Cinzas. Entretanto, trata-se de Gre-Nal e, não, o favorito não vence na maioria das vezes. Então, não abaixa a cabeça, Grêmio! Mas, Caio Júnior, aqui vai um recado: até José Mourinho, do Real Madrid, fica a perigo quando perde para o rival Barcelona. A diferença é que a pressão, em Porto Alegre, é 30 vezes maior. Assim como os opostos se atraem, logo se repelem. E um explode!

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