Confesso que às vezes a “grenalização” de tudo (absolutamente tudo!) me aborrece. Nesta segunda-feira, quando todos os gaúchos deveriam estar comemorando a oficialização de Porto Alegre como sede da Copa do Mundo em 2014, estamos divididos, querendo descobrir qual a cor dos tijolos será mais bonita: a azul ou vermelha. Não se cobrava pelo acerto entre Internacional e Andrade Gutierrez? Pois é, ele aconteceu. Com muita demora e uma certa apreensão desnecessária, é verdade, mas veio. Então, entendo perfeitamente os fogos que pipocaram no Beira-Rio e embargaram a voz de Giovanni Luigi.
Mas, se venho a público elogiar a assinatura do contrato da reforma do estádio colorado, sou taxado como jornalista parcial por parte da torcida adversária. Se tento me defender e elogio a evolução na construção da Arena do Grêmio, rapidamente passo a vestir a camisa tricolor no imaginário da torcida do Inter. Afinal de contas, posso ter um pensamento além dos clubes? Como disse antes, o maior evento do futebol não se resume à dupla Gre-Nal. Chega a ser estúpido ficar prendendo tudo à rivalidade!
Se um clube vai vender a alma pro diabo pelos próximos 20 anos, ou se o outro terá de treinar no quinto dos infernos enquanto não arruma sua casa, pouco me importa agora. Amanhã eu acordo, abro a janela e xingo o mundo. Prometo! Agora, me deixe absorver a felicidade de poder acompanhar de perto, aqui na cidade onde moro, uma partida de Copa do Mundo. E que venham as suecas: a Cidade Baixa lhes espera!
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