Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol aventou nesta terça-feira a possibilidade da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) estar utilizando a briga judicial de Oscar com o São Paulo para atingir a Federação Gaúcha de Futebol (FGF). Francisco Novelletto não pestanejou ao assinar embaixo da denúncia. O dirigente gaúcho é um dos “rebeldes” que não aceitaram a imposição de José Maria Marin após a renúncia de Ricardo Teixeira. “A CBF virou a Federação Paulista”, disse Noveletto à Rádio Grenal (AM 780/ 101.9 FM).
Acontece que, indignado com o ‘caso Oscar’, Novelletto promete reuniões no Rio de Janeiro para debater a influência paulista nas decisões nacionais. Para isso, teria como aliados os presidentes baiano, carioca e mineiro. É quase uma segunda Revolução de 1930, quando Getúlio Vargas tentava quebrar a política do café-com-leite existente na presidência da República. À época, os demais governantes duvidavam do poderio político de Vargas. Pois o gaúcho de São Borja não só levou suas tropas militares à Capital Federal, como mandou atar os cavalos no obelisco em frente ao Palácio do Catete.
Não sei se Chico Novelleto tem tanta influência para repetir Getúlio Vargas e ambicionar sua própria revolução. Talvez a briga por Oscar não seja um fato tão relevante a ponto de levantar todo o Estado. Vargas, por exemplo, no período como governante do Rio Grande do Sul, conseguiu unir chimangos e maragatos em uma só voz. Novelletto está longe disso – ainda mais depois das críticas recebidas pela direção do Grêmio quando da lesão de Kleber. Acho que desta vez os cavalos vão ficar laçados aqui mesmo, em Porto Alegre.
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