Foto: Romildo de Jesus (Futura Press)
Está comprovado: o Inter não sabe viver sem D'Alessandro em 2013. Pela sétima vez sem seu camisa 10 e capitão, o Colorado patinou - levou 2 a 0 do Bahia em Salvador. Depois de tudo, pode se analisar que Dunga poderia ter escalado um time diferente, sem a presença dos três volantes. "Aí é construtor de casa pronta, aí é fácil", disparou o treinador. No fundo, ele tem razão. Se a equipe não tivesse criado, não teria alcançado as traves baianas em quatro oportunidades como fez. Cinco, na verdade.
Leandro Damião duas vezes (sendo que em uma delas, a bola acertou as duas traves), Caio e Rafael Moura pararam no poste de Marcelo Lomba. "Nós lutamos. Eu chutei duas bolas na trave. Ninguém está dando 'migué'. Acontece que o Bahia fez gol e a gente não", analisou Damião. O próprio técnico Dunga se apoia neste discurso: "Não era uma noite muito propícia para nós. A frustração é de todos. É a terceira chance que temos de chegar ao G-4 e a bola acaba não entrando. Os jogadores têm a ansiedade. A gente quer caprichar, tirar do goleiro, e acertamos a parte mais difícil que é a trave."
De forma mais lamentada, o diretor Luis César Souto de Moura não escondeu a insatisfação: "Foi uma noite extremamente infeliz. Perdemos oportunidades. (...) Quatro bolas no travessão são acidentais, mas têm outras situações que são estruturais." Mas então, que outras situações seriam estas? Treinador? "Esqueçam essa possibilidade (demissão de Dunga), porque não está aí o problema. É um grupo bom, não vai haver acréscimos. A comissão técnica é excelente, é de Seleção Brasileira. A solução está dentro do grupo." Então, nesta quinta-feira, se pode dizer que nem a ausência de D'Alessandro ou as escolhas de Dunga. A maior culpada é a trave. Independente de quem seja, acredite: o título brasileiro já deu adeus há horas.
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