Foto: Felipe Gabriel (Agência Lance)
Empatar em 0 a 0 com o Coritiba no Couto Pereira não é mau resultado. Isso não fosse o Internacional, voltando para a casa com mais um empate - o sexto consecutivo no Campeonato Brasileiro. A esta altura, culpar o árbitro, temperatura climática, viagem ou a ausência do Beira-Rio (como lembrou Dunga em sua entrevista coletiva), é esconder o problema.
Na verdade, lembrar que não se joga em casa a cada mau resultado, é procurar o problema aonde não existe. "Não podemos esquecer que o Inter vai jogar as 38 rodadas fora de casa, sempre com viagens longas. Não é desculpa. O torcedor do Inter é muito inteligente e são fatos concretos", comentou Dunga após o jogo. E como explicar o fato de ter o Atlético-PR presente no G-4, mesmo sem vê-lo atuar na Arena da Baixada? E se a Vila Capanema fica em Curitiba, o Inter joga em Novo Hamburgo e concentra na cidade com um dia de antecedência. Ou seja, não há desculpa! Antes, Caxias do Sul era a culpada - como se o Inter nunca tivesse perdido no Beira-Rio na sua história.
Os problemas do Inter não passam pela estrada. Basta analisar o aproveitamento colorado no certame: 50% (24 pontos ganhos em 48 disputados). Contra o Coritiba, por exemplo, o time pode comemorar o fato de não ter sofrido gols. Porém, deve lamentar a pouca produtividade ofensiva. Enfim, não é 8 e nem 80. Não é Porto Alegre, mas também não é a Serra. Os colorados estão em Novo Hamburgo! Ou seja, exatamente no meio do caminho. E se Dunga não abrir o olho, continuará no mesmo lugar até dezembro - com os mesmos 50%, no meio da tabela. Para chegar a Porto Alegre, é preciso parar de lembrar de Caxias e enxergar miragens onde não existe.
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