Foto: Diego Vara (RBS)
Tudo leva a crer que, desta vez, não será tão fácil defender Fabrício diante do STJD. Expulso diante do Santos na terça-feira, o lateral-esquerdo colorado foi citado na súmula pelo árbitro Marcelo de Lima Henrique, que o expulsou depois de ouvir as seguintes palavras: "Vai se f... Vai tomar no c...". Poderia ser um lance isolado, onde o jogador que perde o jogo, de cabeça quente, perde também a razão. Poderia, não fosse quem é: "O Fabrício já foi expulso mais de uma vez este ano, então é um julgamento que nos preocupa sim. A reincidência pode se tornar um agravante. Ou seja, se ele for considerado culpado, os auditores poderão aplicar uma pena superior à mínima, tendo em vista ele não ser primário", atestou o advogado Rogério Pastl em entrevista à Rádio GUAÍBA.
Como lembrou Pastl, esta foi a terceira vez, apenas neste ano, em que o camisa 14 do Internacional recebeu cartão vermelho. Nas outras duas oportunidades, no entanto (no Gre-Nal do Brasileirão e contra o América-MG pela Copa do Brasil), ele não xingou o árbitro. Agora, o jogador pode ser enquadrado no artigo 243 do CBJD, por "ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao desporto" - o que pode lhe acarretar uma multa de R$ 100 a R$ 100 mil e um gancho de 4 a 6 partidas.
O que espanta é que, em 2012, o atleta foi julgado pelo mesmo motivo, quando xingou o juiz na derrota para o Fluminense. Na ocasião, foi apenas advertido por ser primário. Ou melhor, era humano. Agora, Fabrício persistiu no erro, e cometeu um ato de burrice - pelo menos foi o que sentenciou o torcedor colorado, que gritou 'burro' em coro no Estádio do Vale, em Novo Hamburgo. Pode ser que Fabrício precise de uma melhor orientação. Mas Rogério Pastl garante que este tipo de serviço não é desenvolvido no clube: "Os atletas do Internacional sabem como funcionam estas regras das infrações disciplinares. São experientes, então é desnecessário porque eles sabem o que podem e não podem fazer em campo", conclui o advogado.
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