Foto: Miguel Schincariol (Folha Press)
No depoimento do gol de Eduardo Vargas, no Morumbi, à Rádio GUAÍBA, declarei o seguinte: "Alô, pessoal do marketing do Grêmio. O Tricolor não é imortal, ele é mortal". Que me perdoe o poeta Lupicínio Rodrigues, mas a frase se explica pelo simples fato de que, até aquela altura, quem dominava a partida e criava as chances de gol era o São Paulo. Pois quem partiu para o vestiário com a vitória foi justamente o time gaúcho: 1 a 0. O próprio técnico Renato Portaluppi sabe bem disso: "Eu admito: as melhores oportunidades foram do São Paulo. Mas é o que eu digo, o importante são os três pontos".
Bem, já não é mais novidade para ninguém que o Grêmio troca sempre uma boa atuação por uma vitória, mesmo que seja simples. E está errado? Pelo jeito não. Fosse assim, não estaria em 2º lugar no Campeonato Brasileiro, como encerrou esta 24ª rodada. E não interessa o esquema tático. Seja no 3-5-2, 4-4-2 ou 4-3-3, a equipe apresenta a mesma entrega. Quem entra em campo, se dedica igual - do zagueiro ao centroavante. A impressão que dá é a seguinte: se não levar gol, ok. Mas se anotar um lá na frente, melhor ainda.
E, dentro de toda esta ideologia futebolística implantada por Renato no Grêmio, Elano e Zé Roberto não se encaixam. Chega a ser estranho virar o rosto para trás do goleiro e ver ambos somente aquecendo, sem sequer entrar no segundo tempo. E se eles quiserem sair? "Eles não teriam como jogar em outro clube no Brasil agora, mas se me pedissem, não seria eu, Renato Gaúcho, que iria barrar o futuro de um jogador. Mas hoje o Elano e o Zé Roberto fazem parte do grupo do Grêmio", garantiu o comandante. E no fundo ele está certo. Dentro da ideia deste Grêmio mortal, eles sobram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário