quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O reencontro de Dunga e Jorginho

Foto: Reuters

No dia 1º de agosto de 2006, Dunga abria os trabalhos como treinador da Seleção Brasileira para fazer sua primeira convocação. Ao lado dele, aquele que seria o fiel escudeiro pelos próximos quatro anos: Jorginho. "Escolhi o Jorginho por causa das mesmas coisas que fizeram eu ser o escolhido para o cargo de técnico. É uma pessoa transparente e fala o que pensa", disse à época o capitão do Tetra, explicando porque optou pelo ex-lateral como auxiliar-técnico. Pois neste sábado, ambos trocarão a amizade e confiança mútua por um duelo tático em Campinas, quando a Ponte Preta receberá o Internacional.

Antes de aceitar o convite de Dunga em 2006, Jorginho havia estreado como técnico de futebol um ano antes, à frente do América-RJ - onde alcançou o vice-campeonato da Taça Guanabara. Depois da Seleção, em 2010, ainda comandou o Goiás (sendo demitido após pouco mais de um mês de trabalho), o Figueirense em 2011, o Kashima Antlers (com quem conquistou a Suruga Bank e Copa da Liga Japonesa de 2012) e, finalmente, neste ano, o Flamengo - durou menos de 30 dias. Agora está com a Ponte Preta, com quem coleciona duas derrotas (para Grêmio e Portuguesa), além de um empate com o Criciúma (que garantiu a classificação às oitavas da Sul-Americana). Pouco para livrar a 'Macaca' da zona do rebaixamento.

Ao contrário do amigo e ex-companheiro, Dunga se resguardou após o fracasso na África do Sul. Depois de inúmeros convites para voltar a treinar uma equipe de futebol, só veio aceitar a proposta colorada, em dezembro de 2012. De lá para cá, mantém a escrita do que fez na CBF: o único torneio que disputou, venceu (Gauchão); e nos outros dois restantes (Copa do Brasil e Brasileirão), vai avançando mesmo sem atuações de luxo mas perdendo poucos jogos. Contudo, Jorginho conhece os atributos de seu amigo: "Estamos convictos que fizemos o melhor pela seleção, não há arrependimentos. A liderança do Dunga, o comprometimento que todo o time, é tudo isso que queríamos. O grande problema é que o futebol não é uma matemática exata", declarou o ex-lateral na chegada da África, ainda em 2010. E Dunga, conhece seu mais novo 'inimigo'?

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