sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O Inter não desiste, logo não é fraco

Foto: Fabiano do Amaral (Correio do Povo)

Até os 43 do segundo tempo, o Rio Grande do Sul inteiro cravava a demissão do técnico Dunga. O Internacional perdia 'em casa' (Novo Hamburgo) para o Atlético-PR, pelo jogo de ida das quartas-de-final da Copa do Brasil. Eis que depois de uma pressão incrível, muito mais na raça do que na organização tática, o Colorado chegou ao empate através de Otávio. Se a bola não entra, o treinador seria demitido? Nunca saberemos. Mas e ele, entregaria o cargo? "Jamais vou desistir na minha vida. Desistir é pra fraco!", disparou Dunga na entrevista coletiva.

E este Inter tem exatamente este perfil de Dunga: não desiste. Não se pode reclamar de falta de vontade, de mexidas tardias, nada disso. Se quiser colocar na conta individual de alguns jogadores, até vai. Kleber, Leandro Damião e Gabriel são os 'Cristos' da vez. Pode até reclamar de desorganização tática, de insuficiência defensiva, lentidão. Tudo isso! Menos de falta de entrega.

E essa também é uma característica da direção. Apesar do mau resultado dentro de seus domínios, ninguém atira a toalha. "O resultado não foi o desejado, mas também não foi negativo. Foi empate. Inter tem todas as condições de vencer em Curitiba", argumentou o vice-presidente de futebol Marcelo Medeiros. O maior problema é que este Atlético-PR ainda não perdeu jogando na Vila Capanema (sua casa, enquanto a Arena da Baixada é reformada). Mas se, pela lógica de Dunga, o Inter não é fraco, não se entrega, também não pode ser qualificado de forte. Hoje a vaga para a semifinal está bem mais próxima dos paranaenses.

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