sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A alma é castelhana

Foto: Ole.com.ar

Os gremistas comprovaram que têm o sangue portenho nas veias. Não à toa, a Geral do Grêmio (famosa torcida), antigamente, se chamava "Alma Castelhana". Como diria o nosso presidente Lula, "nunca antes na história deste país" se comemorou tanto um título argentino. Graças à conquista do Independiente sobre o Goiás, o Tricolor Gaúcho ocupará a última vaga destinada aos brasileiros na Libertadores de 2011. Buenos Aires e Porto Alegre ficaram próximas, quase vizinhas, na madrugada desta quinta-feira.

No entanto, o que se é de lamentar é o fato de um clube tão vitorioso como o Grêmio limitar seus torcedores a comemorações alheias. Sim, pois a festa que tomou as ruas do Rio Grande do Sul nada mais foi do que um desabafo contido. Campeão de fato foram os argentinos, apelidados de "Rei de Copas", que guardou a taça da Sul-Americana no armário. No Olímpico, consta apenas um espaço vazio desde 1996 - ano da última conquista internacional do Grêmio. O que se garantiu foi apenas uma vaga para o torneio do ano que vem (igual ao que se fez em 2006 e 2008).

Mas, pode ser que, desta vez, contagiado pelo espírito do ídolo Renato Portaluppi, o clube renasça para as glórias. Somente a perspectiva de um 2011 vitorioso levou os torcedores à rua. Melhor se, na prática, as comemorações forem acompanhadas de troféus. A partir de então, as almas que gritaram os feitos castelhanos nesta quinta, poderão voltar a sentir orgulho da própria vitória.

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