sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O verdadeiro Absoluto

Foto: Karim Jaafar (Fifa.com)

A concentração colorada nos Emirados Árabes pode ser considerada um balde de pólvora. Basta riscar um único fósforo para que tudo exploda de uma hora para outra. Exemplo disso foi a declaração do zagueiro Lúcio (ex-Inter de Porto Alegre e atualmente no xará de Milão), que declarou como desrespeitosa para com os adversários a despedida que os brasileiros tiveram do Beira-Rio. Bastou esta crítica para que os jogadores vermelhos, liderados por Bolivar, dessem respostas atravessadas. No entanto, Lúcio não deixa de ter razão. Para quem não lembra, antes de embarcar para o Oriente Médio, os atletas colorados estiveram presentes em uma festa, que entrou até mesmo para o Guiness Book. Às vésperas de uma "guerra", o Colorado decidiu apresentar um filme sobre a conquista da América - intitulado "Absoluto". Agora, uma semana depois, terá uma lição sobre o verdadeiro absoluto.

Pense na bandeira da Coreia do Sul - país do Seongnam, clube que enfrenatará o Inter na disputa do 3º lugar do Mundial. É uma tela branca, com um círculo no meio dividido em duas cores; curiosamente, o vermelho e o azul. Este símbolo, na realidade, representa o "Absoluto". As divisões, por sua vez, são o Ying e Yang. Ou melhor, as dualidades presentes na vida: o fogo e a água, a luz e a escuridão, a vida e a morte, e (por que não?) a vitória e a derrota. E por aí passará a última partida dos colorados em Abu Dhabi.

Depois de cair diante do Todo Poderoso Mazembe (como eles mesmo se intitulam), o Inter deve ter aprendido a olhar o inimigo com maior respeito. Apesar de ter se autoproclamado Absoluto, antes de deixar Porto Alegre, o Colorado estará diante do verdadeiro absoluto neste sábado: o Absoluto asiático. Se somente uma vitória diante do Seongnam devolverá a dignidade aos vermelhos, saiba que o conceito de dignidade é difundido a muito mais tempo na Ásia. Ou você acha que os sul-coreanos também não querem voltar para casa, ao menos, com a medalha de bronze? Quando saiu dizendo que voltaria com o bi-Mundial, mal sabia o Inter que estava viajando para ter uma lição de humildade. Espero, tenha aprendido.

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