Foto: Manu Fernandez/AP
Muito se fala em presente de Natal para a torcida gremista. E Ronaldinho Gaúcho de volta ao estádio Olímpico realmente seria um grande "regalo". Porém, o que mais preocupa é como o clube vai pagar o salário do jogador. Eleito o melhor do mundo pela Fifa em duas oportunidades, o meio-campista não aceita qualquer coisa. Apesar de estar zilhardário, ninguém é louco de atirar dinheiro no ralo (muito menos o irmão e empresário dele, Assis). Mas o Tricolor já pensa em campanhas de marketing, com vendas de camisas e bonecos, além de parcerias com empresários. Aliás, nem no poderoso Barcelona, Ronaldo escapou de "virar boneco" (foto) e ter a imagem explorada. No Grêmio, então, não teria razão para passar em branco. Mas uma frase do presidente Paulo Odone chama a atenção. Perguntado sobre como iria pagar o salário do jogador, Odone respondeu: "ele vai se pagar".
A aposta do dirigente é que o camisa 10 retorne para Porto Alegre simplesmente por amor à camisa. Pelo menos este foi o argumento utilizado para, praticamente, alijar Palmeiras e Flamengo da disputa. "Se for negociar com alguém, a preferência será do Grêmio"! A partir disso, o que se imagina é um contrato semelhante ao que fizeram Adriano, no Flamengo, e Ronaldo, no Corinthians. Porém, estes dois contribuíram brutalmente para os caixas dos clubes porque conquistaram, respectivamente, um Brasileirão e uma Copa do Brasil. E se Ronaldinho não der certo como atleta? Essa é uma hipótese que não pode ser descartada, pois desde que chegou de férias na capital gaúcha, Ronaldo é visto com copos de cerveja na mão, sempre em festas. Apesar disso, há quem diga que, mesmo abaixo do seu melhor, ele está acima de inúmeros camisas 10 do Brasil.
Com a contratação de Ronaldinho, o Grêmio entra na nova moda do futebol brasileiro. Antigos meros exportadores de jogadores, os clubes daqui estão repatriando medalhões agora. Até mesmo a manutenção de ídolos - inaugurada com o Santos, de Neymar - foi repetida pelo Tricolor Gaúcho. Victor e Jonas assinaram contratos de renovação, quando a tendência era vendê-los. Esta não é uma prática adotada pelo rival Inter, por exemplo. Porém, é uma atitude kamikaze. Sem vender ninguém, e ainda por cima contratando a peso de ouro, o Grêmio corre o risco de estourar o cofre. Isso se o velho camisa 10 não se pagar. Senão, Ronaldinho não passará de um verdadeiro boneco dentro de campo.
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