Foto: Gaspar Nóbrega
O que Lula e Fernando Carvalho tem em comum? Bom, ambos conseguiram eleger seus sucessores através das urnas. Agora, imagine se o presidente Lula, de uma hora para outra, resolvesse anunciar que não deixaria o cargo no ano que vem. Muita gente pensaria que estava se ferindo a democracia brasileira e iriam às ruas protestar. Ou ainda, imagine se Dilma Rousseff anunciasse como novo ministro o presidente da República que ajudou a eleger. Até memso assim, os protestos tomariam o país. Pois foi mais ou menos isso que aconteceu no Sport Club Internacional. Após pedido direto dos jogadores, o vice-presidente de futebol, Fernando Carvalho, anunciou que permanecerá no clube em 2011. E, ao contrário do que fariam os eleitores de Dilma, nenhum colorado irá reclamar.
Isso porque Carvalho é para o Inter o que Moisés foi para o povo de Israel. É o divisor de águas, literalmente. Retirou o clube da condição de coadjuvante, para transformá-lo em grande protagonista. Já havia feito em 2006, quando derrotou o poderoso Barcelona em Yokohama, no Japão. Porém, naquela oportunidade, o "presidente" anunciou que se afastaria da direção - assim como fará Lula. Bastaram seis meses de insucesso para que chamassem o velho Carvalho de volta. Neste final de ano, prestes a disputar mais um Mundial de Clubes, o Internacional tratou de garantir que o seu Moisés esteja à frente do vestirário por mais uma temporada.
O único problema é que a permanência de Fernando Carvalho fere uma superstição da torcida. Até agora, tudo que aconteceu em 2006 está se repetindo em 2010. E, para os torcedores, está aí a explicação para o sucesso vermelho. Potanto, anunciando que continuará no clube em 2011, Carvalho está quebrando a lista de coincidências. Será que isso pode interferir no Mundial deste ano? Os gremistas torcem que sim.
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