terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Na boquinha da Gharafa

Foto: Jefferson Bernardes

Quando a delegação colorada desembarcou no Aeroporto Salgado Filho, apenas um jogador não recebeu aplausos de incentivo da torcida. Justamente ele, o goleador da equipe na temporada. Seria como os gremistas vaiarem Jonas. O grande problema é que Alecsandro não goza do mesmo prestígio. Apesar dos 50 gols marcados com a camisa colorada, ficaram na memória do torcedor atuações como a efetuada contra o Mazembe. Por isso, se dependesse do torcedor, Alecsandro podia dançar - ou melhor, dançar na boquinha da Gharafa.

Há pouco mais de dois anos, este clube, o Al-Gharafa, do Catar, veio a Porto Alegre disposto a levar Fernandão. Apresentou os petrodólares e acabou tirando o camisa 9 do Beira-Rio, para desespero de alguns fãs do capitão. Agora, a cena se repete. O mesmo clube, o mesmo número da camisa e, no entanto, ao invés de lamentar, os colorados comemoram a saída do jogador. Aliás, na onda de repatriações, com o Grêmio especulando a volta de Ronaldinho Gaúcho, o que não falta são colorados que sonham com o retorno de outros camisas 9: Alexandre Pato e Nilmar são os mais lembrados.

E se realmente Alecsandro for negociado com o Gharafa, encontrará naquele clube outros brasileiros, como Juninho Pernambucano e Araújo. Portanto, não se sentiria tão isolado do mundo. A língua também não seria problema, já que o atleta jogava no Al-Wahda, dos Emirados Árabes, até o ano passado. E se não fosse o técnico Caio Júnior estar ocupando o cargo no Catar, alguns colorados fariam questão de que Alecsandro levasse consigo o técnico Celso Roth (foto). Inclusive, será que o Inter não consegue trocar um pelo outro?

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