Foto: Alexandre Lops
As pessoas não cuidam muito o que dizem. Certa vez, o presidente do Grêmio, Duda Kroeff, declarou a um jornal chileno que a Copa Sul-Americana era a segunda divisão da Libertadores. A ocasião era oportuna, pois o rival Inter recém havia conquistado este título. Agora, o dirigente estará ligado na competição se quiser que o G-4 do Brasileirão ainda exista. Nesta quarta, Goiás e Independiente fazem o primeiro duelo da final. E um jogador em especial sofrerá com a secação do presidente gremista pela segunda vez.
Em 2008, Marcão era o titular da lateral-esquerda do Internacional na conquista sobre o Estudiantes (foto). Por opção do técnico Tite, formava com Bolívar, Índio e Álvaro uma linha de quatro zagueiros na defesa colorada. Colocou Gustavo Nery e Ramón no banco de reservas. Dois anos depois, tem a chance de conquistar o bicampeonato com a camisa do Goiás. E a maior coincidência é que, mais uma vez, o adversário na decisão será um clube argentino. Ou seja, não apenas o presidente, mas toda a torcida gremista vestirá a camisa dos hermanos em uma final de Sul-Americana. Da primeira vez, não tiveram tanta sorte, pois com um gol de Nilmar, os colorados venceram a secação tricolor.
Mas, como disse Duda, o torneio não passa da Série B da América. O problema é que, como toda segunda divisão, o campeão ganha vaga para a elite no ano seguinte. E, se isso acontecer a favor dos goianos, quem perde é justamente o Tricolor Gaúcho. Aliás, para Marcão e seus ompanheiros, levantar a taça é prioridade depois de não conseguirem salvar o time do rebaixamento no campeonato nacional. Portanto, se depender do desejo deles, em 2011, o Goiás pode até estar na segunda divisão, mas estará na Libertadores. Kroeff torce para não queimar a língua.
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